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Boko Haram expande controle sobre norte da Nigéria

Avanço é mais um sinal de que a campanha contra os militantes tem falhado em colocar a situação a favor do Exército


	Soldados fazem patrulha perto de um antigo acampamento do Boko Haram
 (Quentin Leboucher/AFP)

Soldados fazem patrulha perto de um antigo acampamento do Boko Haram (Quentin Leboucher/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 18h20.

Maiduguri - O grupo extremista Boko Haram expandiu seu controle em uma pequena cidade no norte da Nigéria, de acordo com seus moradores, em um sinal de que a campanha contra os militantes tem falhado em colocar a situação a favor do Exército do país.

Na semana em que o Boko Haram chegou a Bama, segunda maior cidade da Nigéria, no estado de Borno, o grupo começou a recrutar jovens à força, além de matar moradores identificados como contrários à organização, informou Alhaji Usman Jidda Shuwa, chefe do Comitê do Estado de Borno de Pessoas Internamente Deslocadas.

A situação de Bama descrita por ele, apoiada por outros refugiados que recentemente deixaram a cidade, contradiz alegações do Exército nigeriano, que diz que tropas apoiadas por atiradores em helicópteros libertaram a cidade do controle do Boko Haram em 2 de setembro.

Moradores que deixaram Bama para a cidade próxima de Maiduguri nos últimos dias disseram que o esforço não foi suficiente para expulsar os insurgentes do grupo extremista, que andam livremente nas ruas do norte da Nigéria, de acordo com os nigerianos.

Até o líder municipal de Bama, Alhaji Kyari Ibn Ibrahim Elkenemi, está acampado em Maiduguri. A cidade abriga também 12 mil refugiados de Bama, segundo a Agência Nacional de Gerenciamento de Emergência da Nigéria.

Pequenas cidades e vilarejos foram tomados no estado de Borno, que tem o tamanho e a população da Irlanda. Nesta sexta-feira, o Boko Haram começou a atacar a cidade de Konduga, a cerca de 40 km de Bama, informaram dois vigilantes locais.

O resultado desse episódio ainda não está claro.

Em resposta, o governo da Nigéria aumentou a campanha de bombardeio e comprou novos equipamentos para Força Aérea.

O congresso nigeriano está considerando conceder um empréstimo de US$ 1 bilhão para o Exército, sendo que grande parte se destinaria a novas aquisições.

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