Mundo

Boca de urna dá vitória a Moon em eleição na Coreia do Sul

Liberal, de 64 anos, deve derrotar o adversário conservador Hong Joon-pyo, um ex-promotor, por 41,4 por cento contra 23,3 por cento dos votos

Moon Jae-in: votação coloca fim a um vácuo de liderança que durou meses desde o impeachment de Park (Kim Hong-Ji/Reuters)

Moon Jae-in: votação coloca fim a um vácuo de liderança que durou meses desde o impeachment de Park (Kim Hong-Ji/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 9 de maio de 2017 às 09h25.

Seul - O político liberal Moon Jae-in ganhou a eleição presidencial da Coreia do Sul desta terça-feira, segundo pesquisas de boca de urna, conquistando uma vitória já esperada que terminaria com quase uma década de governo conservador e traria uma abordagem mais conciliatória em relação à Coreia do Norte.

Moon, de 64 anos, deve derrotar o adversário conservador Hong Joon-pyo, um ex-promotor, por 41,4 por cento contra 23,3 por cento dos votos, mostraram pesquisas de boca de urna conduzidas em conjunto por três emissoras de televisão.

Se confirmada a vitória do candidato do opositor Partido Democrático, Moon substituiria Park Geun-hye, que foi retirada do poder em dezembro pelo Parlamento devido a um amplo escândalo de corrupção.

A votação coloca fim a um vácuo de liderança que durou meses desde o impeachment de Park, que se tornou a primeira líder sul-coreana eleita democraticamente a ser retirada do cargo. Park está presa e em julgamento, mas nega qualquer irregularidade. Ela decidiu não votar, relatou a mídia da Coreia do Sul.

Uma pesquisa do instituto Gallup Korea da semana passada mostrou Moon com 38 por cento de apoio entre 13 candidatos, e o político de centro Ahn Cheol-soo como seu adversário mais próximo com 20 por cento das intenções de voto.

Moon favorece o diálogo com a Coreia do Norte para aliviar a crescente tensão sobre os acelerados programas nuclear e de mísseis do regime de Pyongyang. Ele também quer reformar poderosos conglomerados liderados por famílias, como Samsung e Hyundai, e estimular o gasto fiscal para criar empregos.

O liberal, que perdeu para Park por uma pequena margem em 2012, criticou os dois governos conservadores anteriores por não terem conseguido refrear o desenvolvimento de armas norte-coreano. Ele defende uma política dupla de diálogo e de manutenção da pressão e das sanções para incentivar mudanças.

Em uma transmissão ao vivo no YouTube nesta terça-feira, ele disse que a Coreia do Sul deveria ter uma atuação diplomática mais ativa para conter a ameaça nuclear do Norte e não assistir passivamente enquanto os Estados Unidos e a China conversam entre si.

Acompanhe tudo sobre:Coreia do SulEleiçõesPolítica

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado