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BNDES libera segunda parcela do financiamento de Angra 3

A quantia de R$ 308 milhões liberada nesta quinta-feira representa 8,3% do empréstimo de R$ 6,1 bilhões

Obras de Angra 3: de acordo com o diretor de Administração e Finanças da estatal Eletrenuclear, até o fim do ano serão investido R$ 1,4 bilhão na usina (INFO)

Obras de Angra 3: de acordo com o diretor de Administração e Finanças da estatal Eletrenuclear, até o fim do ano serão investido R$ 1,4 bilhão na usina (INFO)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 14h03.

Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Dessenvolvimento Social e Econômico (BNDES) liberou hoje (27) a segunda parcela do financiamento para construção da Usina Nuclear Angra 3, em Angra dos Reis (litoral sul do estado do Rio), no valor de R$ 308 milhões. A quantia representa 8,3% do empréstimo de R$ 6,1 bilhões. A primeira parcela, de R$ 200 milhões, foi liberada em junho passado. O dinheiro vai ser usado na compra de máquinas e equipamentos e na contratação de serviços nacionais até dezembro de 2011.

De acordo com o diretor de Administração e Finanças da Eletrenuclear (estatal responsável pela construção e operação de usinas nucleares no Brasil), até o fim do ano serão investido R$ 1,4 bilhão em Angra 3.

"Com a retomada das obras da usina em 2010, a empresa já injetou R$ 300 milhões no empreendimento no ano passado. Além dos recursos do BNDES, a empresa receberá R$ 890 milhões da Eletrobras, do fundo da Reserva Global de Reversão (RGR), para serem aplicados unicamente no setor elétrico".

Desse montante, explicou o Negrine, já foram liberados R$ 366 milhões (41,1% do total) em duas parcelas, pagas em janeiro e agosto de 2011. Os obras de Angra 3 foram paralisadas em 1986 por decisão do governo e só foi retomada depois de 2008, quando passou a fazer parte do Programa de Aceleração do Crecimento (PAC). A usina termonuclear terá 1.405 megawatts de potência instalada e deve entrar em operação em dezembro de 2015, com capacidade para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante um ano inteiro. A usina está orçada em R$ 10 bilhões, sendo que 75% desses gastos serão feitos no Brasil.

A cobertura dos serviços de engenharia e das aquisições de equipamentos no mercado externo, cerca de 1,3 bilhão de euros, será feita por meio de financiamento internacional. A Eletrobras escolheu um consórcio de bancos liderado pelo francês Société Générale para financiar essa etapa do empreendimento. O contrato entre as partes deverá ser assinado em novembro.

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