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BNDES apoia tecnologia para recuperar solos e água poluidos

A beneficiária será a Fundação Parque de Alta Tecnologia da Região de Iperó e Adjacências (Fundação Patria), localizada no município de Iperó, em São Paulo


	Estação de Tratamento de Água: BNDES informou que projeto está avaliado em R$ 10,8 milhões e contempla também construção de uma unidade-piloto de tratamento de minérios
 (RICARDO CORREA / EXAME)

Estação de Tratamento de Água: BNDES informou que projeto está avaliado em R$ 10,8 milhões e contempla também construção de uma unidade-piloto de tratamento de minérios (RICARDO CORREA / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 20h04.

Rio de Janeiro - Recursos não reembolsáveis do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 9,6 milhões, oriundos do Fundo Tecnológico (Funtec) do banco, vão permitir o desenvolvimento de tecnologia para recuperação de solos contaminados e o tratamento de águas contaminadas por metais pesados em consequência da mineração de urânio.

A beneficiária será a Fundação Parque de Alta Tecnologia da Região de Iperó e Adjacências (Fundação Patria), localizada no município de Iperó, em São Paulo. A Fundação Patria foi criada em 1990, por meio de convênio celebrado entre a Marinha do Brasil, o Ministério de Ciência e Tecnologia e a prefeitura de Iperó.

O BNDES informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o projeto está avaliado em R$ 10,8 milhões e contempla também a construção de uma unidade-piloto de tratamento de minérios da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), situada em Poços de Caldas, em Minas Gerais. A empresa interveniente é a Brasil Ozônio Indústria e Comércio de Equipamentos e Sistemas, responsável por uma contrapartida de R$ 1,2 milhão.

A extração de minério na unidade de Poços de Caldas foi encerrada mas, segundo o BNDES, deixou um passivo ambiental de 45 milhões de toneladas de rejeitos, incluindo metais pesados, como urânio e manganês, e água contaminada acumulada nas cavas da mina.

Um plano elaborado em 2006 diminuiu a previsão de descontaminação total do terreno de 700 anos, estimados pela rota tecnológica tradicional, para 20 anos, a um custo entretanto elevado, de R$ 400 milhões, devido à solução tecnológica ainda incipiente existente àquela época.

O projeto apoiado agora pelo BNDES utilizará injeção de gás ozônio na descontaminação dos solos e da água. Se for comprovada a viabilidade dessa alternativa, ela poderá ser replicada para todo o setor de mineração do país, gerando benefícios ambientais e econômicos, estima o banco.

O projeto deverá ser concluído em dois anos. Cerca de R$ 1 milhão do total dos recursos serão destinados à concessão de 12 bolsas de pesquisa.

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