Nova York - O magnata e político americano Michael Bloomberg anunciou nesta terça-feira que está voando para Tel Aviv para ser solidário com Israel, após a decisão do governo dos Estados Unidos de proibir que as companhias aéreas americanas operem no aeroporto internacional israelense.
A Agência Federal de Aviação (FAA) proibiu voos das companhias aéreas americanas para o Aeroporto Internacional Ben Gurión, em Tel Aviv, diante da ameaça dos foguetes disparados da Faixa de Gaza.
Em mensagem no Twitter, Bloomberg - ex-prefeito de Nova York - informa que tomou um avião da companhia israelense El Al "como prova de solidariedade aos israelenses e para mostrar que é seguro voar para Israel".
Bloomberg pediu à FAA que suspenda a proibição, considerando que ela concede ao Hamas uma "vitória não merecida" no conflito com Israel.
A FAA informou mais cedo que "avalia a situação e dará uma decisão em menos de 24 horas" sobre a permanência da suspensão.
O secretário americano de Estado, John Kerry, telefonou nesta terça ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para informar que a proibição dos voos é motivada apenas por razões de segurança envolvendo passageiros e tripulações.
Esta decisão "foi tomada para proteger os cidadãos e as empresas aéreas americanas". Os Estados Unidos consideraram apenas a "segurança dos seus cidadãos".
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1. As vitórias e derrotas de Michael Bloomberg na prefeitura de Nova York
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1/14 (Eduardo Munoz/Reuters)
São Paulo - A cidade de
Nova York pode dizer que teve, por 12 anos, um prefeito bilionário. Poderia ter sido apenas quatro anos. Mas
Michael Bloomberg, o "pai dos nova-iorquinos", se reelegeu e ainda conseguiu, posteriormente, mudar a lei e aprovar um terceiro mandato. O empresário dono do império de comunicação que leva seu nome chegou à prefeitura em 2002. Encontrou uma cidade abalada com os atentados terroristas de 11 de setembro e com diversar dívidas. Era preciso economizar e recuperar a autoestima dos moradores. A popularidade de Bloomberg nunca foi das maiores, mas, mesmo assim, ele acumulou muito mais acertos que erros nos últimos 12 anos. Agora, no dia 5 de novembro, os nova-iorquinos vão às urnas para eleger o sucessor de Bloomberg.
Após 12 anos, entenda o que Michael Bloomberg fez por Nova York Veja a seguir as principais vitórias e derrotas de Bloomberg, o 108º prefeito de Nova York.
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2. High Line Park
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2/14 (Scott Eells/Getty Images)
Vitória 1 - A criação do High Line Park Entre 1929 e 1934, foi construída uma linha férrea no lado oeste da cidade acima do nível das ruas. Era chamada de “Live Line”, pois transportava animais vivos, carnes, verduras e outros alimentos que abasteciam os armazéns locais. Nos anos 1980, os armazéns fecharam e os trens pararam de circular na linha. Muitos trechos foram destruídos, mas uma parte ficou de pé, esquecida. Em 1999, a prefeitura falava em demolir a parte restante. Contudo, dois moradores da região criaram uma associação de bairro para impedir a destruição. Em 2002,
Michael Bloomberg comprou a ideia e, em 2009, foi inaugurado um parque, o High Line. Virou uma das principais atrações turísticas da cidade e um caso de sucesso no mundo, citado por todos quando se fala em planejamento urbanístico e revitalização.
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3. Cigarros em locais públicos
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3/14 (Spencer Platt/Getty Images)
Vitória 2 - Proibição dos cigarros em locais públicos
A cidade já restringia o fumo em locais públicos, como bares e restaurantes.
Em 2011, o prefeito estendeu a proibição para a parques e praias. Em calçadas, só se distante 4,5 metros de porta de bares e outros estabelecimentos comerciais.
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4. Cigarros só com 21
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4/14 (Andrew Burton/Getty Images)
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5. Contra a gordura trans
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5/14 (James Ambler/Getty Images)
Vitória 5 - Proibição da gordura trans nos restaurantes
Em 2007, Bloomberg aprovou na cidade um regulamento para banir o uso de gordura vegetal hidrogenada em todos os restaurantes. Em 2012, uma pesquisa descobriu que, na dieta do nova-iorquino, a quantidade média por refeição de gordura trans tinha caído de três gramas para 0,5 gramas.
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6. A favor das bicicletas
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6/14 (Mario Tama/Getty Images)
Vitória 6 - Mais bicicletas, menos carros Em 2013,
Nova York inaugurou o maior sistema de aluguel de bicicletas dos
Estados Unidos. Em parceria com o Citi Bank, seis mil veículos em 333 estações foram espalhadas pela cidade. Entre 2008 e 2012, 450 quilômetros de ciclovias foram inaugurados.
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7. Terceiro mandato
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7/14 (STAN HONDA/AFP/Getty Images)
Vitória 7 - De novo, mais quatro anos A manobra em 2009 para convencer os legisladores a mudarem a lei e permitir um terceiro mandato para o cargo de prefeito – quando um referendo já tinha mostrado que a população não concordava com o fato – rendeu a ele o apelido de “
Hugo Chávez”. Venceu as eleições de 2009 por uma margem apertada e gastou incríveis 110 milhões de dólares na campanha.
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8. Menos poluição
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8/14 (Patrick Gruban/Wikimedia Commons)
Vitória 8 - Menos poluição, mais verde A prefeitura investiu em políticas de
sustentabilidade, se preocupando com a qualidade do ar, principalmente. Para diminuir a fuligem, a gestão de Bloomberg converteu o sistema de aquecimento de 2.700 edifícios, trocando a queima de óleo pelo uso de combustíveis mais limpos. A emissão de gases de
efeito estufa na cidade caiu 13% desde 2005. Foi criada ainda o PlaNYC, um plano da prefeitura que pediu para que órgãos municipais identificassem lotes vagos que pudessem ser usados para agricultura urbana.
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9. Nova York fora de Manhattan
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9/14 (Mario Tama/Getty Images)
Vitória 9 - Descentralizando Nova York O incentivo à criação de incubadoras pela cidade e à criação de áreas verdes para agricultura ajudou na revitalização de muitos bairros periféricos, fora da ilha de Manhattan. Williamsburg, por exemplo, no Brooklyn, passou a ser um novo bairro badalado da cidade, atraindo pessoas interessadas em moda e gastronomia. Além disso, a criação de empregos e novos negócios foi essencial para esses bairros. Do começo da década até 2012, a criação de empregos em bairros fora de Manhattan foi quatro vezes mais rápida que em Manhattan, ajudando a valorizar bairros periféricos.
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10. Contra os baldes de refrigerante
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10/14 (Spencer Platt/Getty Images)
Derrota 1 - Contra a venda de refrigerantes gigantes
Em março de 2013, Bloomberg quis proibir as versões gigantes dos refrigerantes e limitou as vendas em 437 mL no máximo.
Empresários da indústria de bebidas caíram em cima do prefeito e um juiz acabou vetando a lei.
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11. Olimpíadas em Nova York
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11/14 (David Cooper/Getty Images)
Derrota 2 - Veto às Olimpíadas em Nova York A decisão de abandonar o sonho olímpico para Nova York deixou os moradores da cidade muito tristes e abalou a popularidade de Bloomberg, apesar de ter ajudado a balancear as contas da cidade. Seu antecessor, Rudolph Giuliani, queria construir um estádio em Manhattan de um bilhão de dólares para colocar a cidade na corrida pelas Olimpíadas de 2012. Bloomberg engavetou o projeto assim que assumiu a prefeitura, que estava muito endividada.
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12. Novo World Trade Center
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12/14 (Craig Warga/Getty Images)
Derrota 3 - Contra o projeto inicial do novo World Trade Center Assim que assumiu o cargo, ele deixou claro que não queria outras torres gigantescas no local onde eram as Torres Gêmeas, destruídas em 11 de setembro de 2001.
Preferia construir algo mais discreto: um memorial às vítimas do atentado e pequenos prédios comerciais. Doze anos depois, a nova paisagem da cidade, com novos e altos prédios no Marco Zero, mostra que ele foi voto vencido.
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13. Críticas à Banksy
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13/14 (Nardus Engelbrecht/Getty Images)
Derrota 4 - Bloomberg contra Banksy
A maioria das pessoas gostaria de andar pelas ruas de sua cidade e topar com um desenho do grafiteiro Banksy, o inglês super cool que não revela nome e rosto e ainda assim é uma celebridade mundial aclamada por artistas. Não Bloomberg.
Quando o artista desembarcou para uma residência na cidade, ele disse que os grafites dele “não se encaixavam em seu conceito de arte”.
A opinião do prefeito não ganhou muitas adesões. Os nova-iorquinos e turistas fizeram fila para posar ao lado dos trabalhos do inglês.
Veja os trabalhos de Banksy em Nova York.
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14. Agora, veja imagens marcantes ao redor do mundo
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