O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, enfatizou a necessidade de israelenses e palestinos "restaurar a calma" (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 19 de fevereiro de 2023 às 10h45.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente palestino, Mahmud Abbas, no sábado (18), reafirmando o apoio dos EUA a uma "solução de dois Estados" na região e pediu a ambos que "restaurem a calma".
Blinken falou por telefone com os dois líderes para reafirmar o compromisso dos Estados Unidos com uma "solução negociada de dois Estados e sua oposição a políticas que ponham em risco sua viabilidade", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.
"O secretário enfatizou a necessidade urgente de israelenses e palestinos tomarem medidas para restaurar a calma e nossa forte oposição a medidas unilaterais que possam aumentar ainda mais as tensões."
Esta mensagem segue a decisão do novo governo de extrema direita de Israel de dar permissão retroativa para múltiplos assentamentos na Cisjordânia ocupada, uma medida que atraiu críticas quase unânimes de grandes potências, incluindo os Estados Unidos.
A Casa Branca expressou na quinta-feira "profunda consternação" com a decisão israelense, mas mesmo assim se opôs a um projeto de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para exigir que Israel acabe com os assentamentos nos territórios ocupados.
Blinken se encontrou com Abbas no final do mês passado na Cisjordânia, no final de uma intensa série de reuniões diplomáticas planejadas antes do último surto de violência.
Em seu telefonema, os dois discutiram "esforços para melhorar a qualidade de vida do povo palestino e aumentar sua segurança e liberdade", acrescentou Price em um comunicado.
Blinken e Netanyahu, por sua vez, discutiram desafios regionais mais amplos, disse Price, "incluindo a ameaça representada pelo Irã", e Blinken destacou o "sério compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel".
O ano passado foi o mais sangrento na Cisjordânia desde que as Nações Unidas começaram a registrar as baixas em 2005.