Caso ganha cada vez mais repercussão mundial (Win McNamee/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 17 de fevereiro de 2024 às 14h06.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que o país segue comprometido com a segurança de Israel, quando questionado sobre a manutenção do envio de armas para os israelenses em meio ao conflito em Gaza.
"Estamos comprometidos com a segurança de Israel. Isso está claro desde o dia 1. E continua claro. Entendemos e apoiamos a proposição de que Israel tem que ter maneiras de ter certeza de que o que aconteceu em 17 de outubro nunca aconteça novamente", disse durante painel na Conferência de Munique, que está em andamento desde ontem na Alemanha.
Blinken pontuou, porém, que a maneira como Israel realiza isso "importa profundamente" e que os avanços que têm sido feitos em termos de ajuda humanitária e proteção de civis "quase certamente" não teriam ocorrido sem o engajamento dos Estados Unidos. Ele admitiu, no entanto, que os esforços ainda não têm sido suficientes.
No mesmo evento, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, afirmou que o país defende a libertação de reféns além da ajuda humanitária, mas que também se preocupa com a não repetição dos atos terroristas realizados pelo Hamas.
"Não podemos dizer apenas que queremos um cessar-fogo, que Israel e o governo idealmente tem que parar, e então nós esperamos e assistimos o reagrupamento do Hamas. Não. Temos que dar uma resposta para as duas legítimas preocupações de segurança", afirmou. Ela questionou ainda como a comunidade internacional pode garantir que o grupo terrorista não usará o norte de Gaza para se reunir usando civis como escudos.
O ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, afirmou que é preciso ter claro que o que aconteceu em 17 de outubro é terrorismo, mas que Israel deveria ter sido mais cuidadoso em relação aos civis.
Ele defendeu a libertação de reféns, ajuda humanitária e disse que, assim como a Índia, cada vez mais países entendem que é necessária uma solução de Estado na região.