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Blecaute em Fukushima pode ter sido causado por rato

O apagão começou na noite de segunda-feira, paralisando os sistemas de refrigeração das piscinas de armazenamento de combustível usado da central nuclear

O rato que pode ter provocado o curto-circuito na central de Fukushima em foto divulgada pela empresa TEPCO (AFP)

O rato que pode ter provocado o curto-circuito na central de Fukushima em foto divulgada pela empresa TEPCO (AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 07h16.

Tóquio - Um rato foi apontado nesta quinta-feira com a provável causa da grave interrupção do fornecimento de energia à central nuclear japonesa de Fukushima, que entre a noite de segunda-feira e a manhã de quarta paralisou parte do sistema de refrigeração do complexo.

"Confirmamos a presença de um pequeno animal", explicou um porta-voz da companhia Tokyo Electric Power (Tepco) ao apresentar uma foto do rato, de cerca de 15 cm, que teria provocado um curto-circuito.

O apagão começou na noite de segunda-feira, paralisando os sistemas de refrigeração das piscinas de armazenamento de combustível usado da central nuclear.

Durante a interrupção do fornecimento de energia, a temperatura da piscina central, que contém mais de 6 mil barras de combustível usado, subiu a 31,8 graus, mas se manteve distante do limite de segurança de 65 graus.

Sem a adequada refrigeração, a água na piscina se aquece em contato com o combustível nuclear e diante de um calor muito intenso, ocorre a evaporação e a consequente contaminação do ar.


O incidente não afetou a injeção de água nos reatores 1 e 3 da central, cujo combustível se fundiu após o acidente de 2011, quando um tsunami inundou Fukushima Daiichi (220 km a nordeste de Tóquio) e levou à suspensão da refrigeração dos reatores e das respectivas piscinas de armazenamento, provocando fuga de material radioativo.

O acidente nuclear de Fukushima foi o pior desastre atômico desde a crise na central ucraniana de Chernobil (Ucrânia), em 1986.

O tsunami gigante de março de 2011 provocou a suspensão do fornecimento de energia e a paralisação dos sistemas de refrigeração da usina atômica, onde importantes quantidades de radiação se disseminaram no meio ambiente.

A fase crítica do acidente foi considerada superada em dezembro de 2011, mas os trabalhos de proteção da área não avançam pelos altos níveis de radioatividade.

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