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Blatter recua e aceita Copa de 2022 no inverno

Presidente da Fifa admitiu pela primeira vez a possibilidade de organizar a Copa com sede no Catar no inverno ao invés do mês de junho


	Presidente da FIFA, Joseph Blatter: "é lógico que não podemos jogar com esse calor em pleno verão, temos que levar em conta a saúde dos jogadores", afirmou
 (©AFP / Fabrice Coffrini)

Presidente da FIFA, Joseph Blatter: "é lógico que não podemos jogar com esse calor em pleno verão, temos que levar em conta a saúde dos jogadores", afirmou (©AFP / Fabrice Coffrini)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2013 às 13h41.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, admitiu pela primeira vez a possibilidade de organizar a Copa do Mundo de 2022, com sede no Catar, no inverno (boreal) ao invés do mês de junho, como acontece normalmente por causa das condições climáticas.

"É lógico que não podemos jogar com esse calor em pleno verão, temos que levar em conta a saúde dos jogadores", afirmou o dirigente, que até então sempre tinha se posicionado contra a opção de mudar as datas do evento.

"É possível resfriar um estádio, mas não o país inteiro. Por isso o comitê executivo da Fifa precisa se mostrar corajoso e deixar claro com as federações que alguma coisa precisa mudar", acrescentou. Em junho, a temperatura pode chegar a 50 graus no país árabe.

"Não subestimamos essa questão, mas talvez não tenhamos encarado a situação da forma certa", admitiu Blatter.

"Acabei de voltar do Oriente Médio, estive na Jordânia, Palestina e Israel. Vi o calor que faz lá e nem pode ser comparado com o do Catar", revelou.

Em março, Blatter havia declarado que só cogitaria organizar a Copa de 2022 no inverno caso o Catar pedisse a mudança.

"O pedido precisa vir do organizador e não recebemos nenhum requerimento nesse sentido", havia explicado o dirigente.

A escolha do Catar para sediar a Copa foi feita em 2010, em meio a uma eleição marcada por várias polêmicas.

Houve até denúncias da imprensa inglesa contra dirigentes sul-americanos, como o brasileiro Ricardo Teixeira (ex-presidente da CBF) e o paraguaio Nicolás Leoz (ex-presidente da Conmebol), que teriam 'negociado' seus votos.

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