O presidente da Fifa, Joseph Blatter: "lutarei pelos meus direitos e apresentarei minha visão das coisas" (Nelson Almeida/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 12h08.
Zurique - O presidente suspenso da Fifa, Joseph Blatter, voltou a declarar sua inocência no escândalo de corrupção que abala a entidade responsável pelo futebol mundial, enquanto se prepara para testemunhar perante o comitê de ética da entidade nesta semana.
"Lutarei pelos meus direitos e apresentarei minha visão das coisas ao... comitê com grande convicção e uma crença firme na justiça", disse o suíço ao jornal Blick antes da audiência de quinta-feira. "Estou suspenso, mas não isolado, e de forma alguma mudo".
Em novembro, os investigadores de ética da Fifa pediram sanções contra Blatter e Michel Platini, presidente da Uefa, e ambos foram afastados de seus cargos por 90 dias contados a partir de 8 de outubro à espera da conclusão do inquérito.
O comitê de ética da Fifa deve se pronunciar sobre o caso na próxima semana.
Promotores dos Estados Unidos indiciaram 42 pessoas e entidades na investigação sobre a corrupção no futebol, incluindo os ex-presidentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin e Ricardo Teixeira e o atual presidente licenciado da entidade, Marco Polo Del Nero.
Dirigentes de todas as Américas estão entre os réus no caso, que os promotores dizem envolver 200 milhões de dólares em propinas e subornos ligados a direitos de marketing e de transmissão de eventos de futebol.
Blatter também é alvo de uma investigação criminal na Suíça, sua terra natal e sede da Fifa. Em junho, poucos dias depois de ser reeleito para um quinto mandato, a avalanche de acusações o levou a anunciar que renunciaria, mas ele não foi acusado de nenhum crime.