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Blatter diz que corrupção na Fifa é ato individual

Comandante da Fifa foi responsável por fazer o discurso de abertura da principal reunião da entidade, que entre outras coisas, elegerá o próximo presidente


	O presidente da Fifa, Joseph Blatter: "As ações de indivíduos fazem necessárias mudanças. Não podemos deixar que a reputação da Fifa fique prejudicada"
 (Nelson Almeida/AFP)

O presidente da Fifa, Joseph Blatter: "As ações de indivíduos fazem necessárias mudanças. Não podemos deixar que a reputação da Fifa fique prejudicada" (Nelson Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2015 às 14h10.

Zurique - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, garantiu nesta quinta-feira que a entidade passará por período difícil, mas que a corrupção praticada por isolados dirigentes, segundo ele, não permanecerá acontecendo.

"Vocês concordarão comigo que são tempos difíceis, sem precedentes. Os fatos de ontem deixaram uma sombra sobre o futebol e este Congresso", afirmou o mandatário.

Comandante máximo da Fifa desde 1998, Blatter foi responsável por fazer o discurso de abertura da principal reunião da entidade, que entre outras coisas, elegerá o próximo presidente. Depois de aparição de uma mestre de cerimônias e de número musical, o presidente foi moderado em sua fala.

"As ações de indivíduos fazem necessárias mudanças. Não podemos deixar que a reputação da Fifa fique prejudicada", afirmou o presidente.

O presidente assumiu o papel de "responsável de buscar a forma de regular as coisas", dizendo, no entanto, que não poderia responder pela má conduta de alguns dirigentes, se referindo aos presos ontem em um hotel de Zurique, onde acontece o Congresso, entre eles o ex-mandatário da CBF, José Maria Marin.

"É necessário restaurar a confiança em nossa organização. O futebol merece mais e precisamos dar uma resposta. Amanhã, no Congresso, temos essa possibilidade. Não estamos aqui pelo poder, pela cobiça, mas, sim, pelo amor pelo jogo", garantiu Blatter.

De acordo com o suíço, a partir da agora, a Fifa tentará fazer com que a postura dos dirigentes seja diferente, sem entrar em detalhes sobre as ações futuras.

"Há muito o que fazer para garantir que todo o mundo tenha uma atitude correta", disse.

O mandatário ainda aproveitou para reafirmar a intenção de colaborar com as autoridades em qualquer investigação que for solicitado, e ainda se defendeu de todas as acusações.

"Sei que alguns me consideram responsável, mas não podemos controlar a todo mundo, o tempo todo. Cada um dos implicados será punido", afirmou.

O único concorrente ao suíço na corrida pela presidência da Fifa é o príncipe jordaniano Ali Bin al Hussein, que hoje teve a garantia de voto da maioria das federações filiadas à Uefa, entidade que reúne os países da Europa.

Ontem, a partir da investigação iniciada pela Procuradoria Geral dos Estados Unidos, sete dirigentes foram presos em Zurique. Hoje, o ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner, se entregou as autoridades em Trinidad e Tobago, aumentando a lista de detidos.

A operação aconteceu por suposto pagamento de subornos - de até US$ 100 milhões - a dirigentes da Fifa, em troca de que certas empresas recebessem os direitos de transmissão, publicidade e marketing de torneios nas Américas do Sul, Central e do Norte.

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