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Bispos chilenos irão ao Vaticano por casos de pedofilia

Os bispos chilenos acusados de pedofilia vão visitar o Vaticano para se reunir com o Papa Francisco

Papa: Francisco recebeu três vítimas de abusos sexuais do sacerdote chileno Fernando Karadima (Max Rossi/Reuters)

Papa: Francisco recebeu três vítimas de abusos sexuais do sacerdote chileno Fernando Karadima (Max Rossi/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de maio de 2018 às 14h59.

Os bispos chilenos atenderão "com humildade" ao chamado do Papa Francisco e irão dispostos a colaborar no planejamento de medidas de reparação pelo escândalo desatado por casos de pedofilia, afirmou nesta quinta-feira (10) a Conferência Episcopal local.

"Com humildade e esperança, atendemos ao chamado do sucessor de Pedro", aponta a nota divulgada em Santiago.

Os religiosos chegarão ao Vaticano cumprindo um chamado do pontífice em uma carta na qual reconheceu ter "incorrido em graves equívocos de avaliação e percepção da situação, especialmente pela falta de informações verdadeiras e equilibradas" de Santiago.

Antes de partirem, os católicos celebraram o recente encontro do papa argentino com três vítimas de abusos sexuais do sacerdote chileno Fernando Karadima, um caso que lançou a Igreja chilena no olho furacão - especialmente o bispo Juan Barros, prelado de Osorno (sul), acusado de acobertar Karadima.

A atitude do papa de acolher as vítimas James Hamilton, Juan Carlos Cruz e Juan Andrés Murillo "marca um exemplo e nos mostra o caminho que a Igreja chilena deve seguir diante das denúncias de abuso psicológico, abuso sexual e, em definitivo, frente a todo abuso de poder que acontecer no interior de nossas comunidades", afirma o documento.

Membros da igreja local e especialistas esperam que Francisco afaste vários bispos, inclusive Barros, e ordene uma reorganização da hierarquia eclesiástica chilena.

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