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Bispo acusado de estupro na Índia é afastado pelo Vaticano

Após suposto caso de estupro, Mullackal escreveu uma carta na qual pede para ser afastado temporariamente de suas funções

Igreja Católica: 18% de habitantes da Índia são cristãos (Joe Klamar/AFP)

Igreja Católica: 18% de habitantes da Índia são cristãos (Joe Klamar/AFP)

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EFE

Publicado em 20 de setembro de 2018 às 15h01.

Nova Délhi - O Vaticano suspendeu temporariamente o bispo católico Franco Mullackal, que tinha pedido afastamento de suas funções porque está sendo investigado pelo suposto abuso sexual de uma freira, informou à Agência Efe uma fonte oficial.

O presidente da Conferência Episcopal da Índia (CBCI), o cardeal Oswald Gracias, confirmou a autenticidade de uma carta da Nunciatura Apostólica publicada nesta quinta-feira pela imprensa indiana anunciando a suspensão.

"Após ter considerado todas as circunstâncias, o papa aceitou o pedido do bispo Mullackal", diz a carta.

Mullackal tinha enviado um pedido ao papa para ser "destituído temporariamente de suas responsabilidades" em uma diocese do estado noroeste de Punjab, segundo a carta.

Em 14 de agosto, Mullackal já foi interrogado por uma equipe especial da Polícia de Kerala depois que em 27 de junho uma freira apresentou uma denúncia acusando-o de tê-la estuprado repetidas vezes entre 2014 e 2016 nesse estado do sul da Índia.

O estado, de maioria hindu, tem 18% de habitantes cristãos.

O bispo, que se declara inocente, indicou na quinta-feira para a administração de sua atual diocese, em Jalandhar, outro religioso da paróquia.

"Há informações de que certamente serei chamado a Kerala pelo encarregado da investigação para prestar depoimento de novo (...) Em minha ausência, Mathew Kokkandam administrará a diocese enquanto eu estiver fora", disse Mullackal em uma circular.

O caso provocou manifestações de ativistas locais e grupos reformistas, assim como um protesto de vários padres e freiras na cidade de Kochi para pedir a detenção do bispo.

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