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Bird pede que países evitem 'decisões estúpidas'

Presidente do Banco Mundial não quer que países recorram a medidas protecionistas e considera que momento precisa de 'líderes valentes'

Sede do Banco Mundial:"O mundo entra em uma zona perigosa que necessita de líderes valentes" defendeu  Robert Zoellick (Win McNamee/Getty Images)

Sede do Banco Mundial:"O mundo entra em uma zona perigosa que necessita de líderes valentes" defendeu Robert Zoellick (Win McNamee/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2011 às 14h28.

Washington - Ante a instabilidade econômica mundial, os países devem evitar tomar "decisões estúpidas" como o protecionismo comercial, pediu nesta quinta-feira o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, ao abrir a assembleia da entidade, que acontece a cada dois anos.

A economia mundial enfrenta momentos perigosos, que requerem líderes valentes, advertiu Zoellick durante coletiva de imprensa.

"Não tomem decisões estúpidas, não deixem que o mundo caia no protecionismo, e (...) mantenham a concentração nos motores de crescimento de longo prazo", pediu Zoellick aos líderes mundiais.

"O mundo entra em uma zona perigosa que necessita de líderes valentes", insistiu.

O BM e o Fundo Monetário Internacional (FMI) abriram nesta quinta-feira sua reunião em Washington em meio de uma crescente inquietação em relação aos indicadores econômicos na Europa e nos Estados Unidos, e por repetidos recuos nas bolsas mundiais.

"Creio que uma nova queda é improvável, mas a confiança do mercado tem sido corroída pelas constantes notícias ruins", explicou Zoellick.

"Uma crise no mundo avançado poderá converter-se em uma crise para os países em desenvolvimento", alerta.

Esses países, como o grupo denominado Brics (Brasil, Rússia, China, África do Sul e Índia), cujos ministros de Finanças se reúnem nesta quinta-feira em Washington, têm menos espaço fiscal que há três anos, quando instalou a crise financeira, explicou Zoellick.

"Em 2008 muitos disseram que não haveria turbulências. Os dirigentes não têm essa desculpa agora", disse Zoellick.

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