Mundo

Biocombustível pode ser fonte de energia da Copa de 2014

Se proposta for aceita, evento gastaria 2 bilhões de litros de biocombustível da soja

Taça da Copa do Mundo: Redes de TV poderão usar geradores de energia movidos a biocombustível  (./Divulgação)

Taça da Copa do Mundo: Redes de TV poderão usar geradores de energia movidos a biocombustível (./Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

Brasília - O biocombustível de soja pode ser utilizado como principal fonte de energia nos jogos da Copa do Mundo no Brasil e pode ser utilizado com total segurança pelos meios de comunicação, sem risco de interrupção no fornecimento durante os eventos. Essa foi uma das propostas apresentadas no seminário A Copa do Mundo de 2014 - Normatização para Obras Sustentáveis, que reuniu empresários de diversas áreas no Senado por dois dias e terminou hoje (17), por iniciativa da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.

A defesa do biocombustível como fonte de energia na Copa foi feita pelo empresário Silvio de Oliveira, fabricante de motores de caminhão e que montou uma usina de biocombustível com capacidade para produzir 15 mil litros por dia no interior de São Paulo, para consumo próprio à base de gordura de frangos abatidos no frigorífico do mesmo grupo empresarial.

De acordo com Silvio Oliveira, eventos como os jogos da Copa do Mundo não podem depender do fornecimento convencional de energia elétrica pelas empresas concessionárias, devido ao risco de apagão repentino. Num caso desses, os geradores de emergência entram em ação, mas levam pelo menos 15 segundos para restabelecer a energia, o que causaria sérios prejuízos às transmissões. Assim, a proposta é que os geradores a biocombustível garantam a energia e o sistema convencional funcione como fonte secundária.

    <hr>                                     <p class="pagina">"Isso seria mais prático, mais seguro e daria tranquilidade para todo mundo que estivesse trabalhando ou assistindo aos jogos", diz o industrial. Ele estima que a Copa do Mundo gastaria cerca de 2 bilhões de litros de biocombustível, caso fosse totalmente realizada com este combustível como sua principal fonte energética. Segundo ele, não haveria problemas para isso, porque, hoje, o país produz 5% (2,2 bilhões de litros) de biocombustível dos 44 bilhões de litros de diesel que consome por ano e pretende chegar a 20%, podendo estar próximo disso em 2014.<br><br>O objetivo do seminário foi recolher sugestões para elaboração de projeto de lei que defina normas sobre sustentabilidade das obras destinadas à realização do Mundial de 2014 e das demais competições internacionais que serão realizadas no Brasil nos próximos anos, como a Copa das Confederações, em 2011, e as Olimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016.<br><br>A senadora Marisa Serrano, presidente em exercício da comissão, disse que o Senado tem a função de "facilitar a legislação para a utilização de ideias mais modernas e implementá-las", como o uso do biocombustível, que considerou uma possibilidade de gerar emprego e renda para o país, além de ter na Copa do Mundo uma vitrine para esse tipo de energia, "que talvez possa ser o começo de uma utilização mais eficaz nessa questão no nosso país".<br> </p>        
Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesFutebolTecnologias limpas

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país