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Telão da Times Square fica escuro após apagão cibernético; veja vídeo

Pane global foi fruto de uma “atualização defeituosa” de um software de cibersegurança, o CrowdStrike Falcon

CrowdStrike Falcon: a atualização defeituosa que causou um apagão digital global (Leandro Fonseca/Exame)

CrowdStrike Falcon: a atualização defeituosa que causou um apagão digital global (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 19 de julho de 2024 às 16h29.

Última atualização em 19 de julho de 2024 às 17h39.

A pane global que afetou milhares de empresas e computadores nesta sexta-feira, 19 de julho, causou o apagão nos painéis digitais da Times Square, em Nova York. Governos pelo mundo e o CEO da empresa Crowdstrike confirmaram que a "pane" foi fruto de uma “atualização defeituosa” de um software de cibersegurança, o CrowdStrike Falcon.

O "apagão" causou a interrupção de sistemas informáticos de voos nos Estados Unidos, transmissões de televisão no Reino Unido, telecomunicações na Austrália, entre outros problemas.

O apagão foi causado por um ataque hacker?

O CEO da Crowdstrike, George Kurz, disse que o problema ocorreu por causa de um "defeito na atualização de conteúdo" da plataforma Falcon, e não de um ataque cibernético.

"Crowdstrike está trabalhando ativamente com seus clientes impactados por um defeito encontrado numa única atualização para servidores Windows. Servidores Mac e Linux não foram afetados; Isto não foi um incidente de segurança nem um ciberataque. O problema foi identificado, isolado, e o processo para consertá-lo está em andamento", disse.

Logo após as primeiras notícias de transtornos pelo mundo, o Coordenador Nacional de Segurança Cibernética da Austrália disse que a “interrupção técnica em grande escala” havia sido causada por um problema com uma “plataforma de software de terceiros”.

Já a empresa australiana de telecomunicações Telstra sugeriu que as interrupções foram causadas por “problemas globais” que afetam o software fornecido pela Microsoft e pela empresa de segurança cibernética CrowdStrike.

A Microsoft disse em comunicado que está tomando “ações de mitigação” em resposta a problemas na prestação de serviço. Não ficou claro se isso estava relacionado às interrupções globais.

“Nossos serviços ainda apresentam melhorias contínuas enquanto continuamos a tomar ações de mitigação”, disse a Microsoft em um post na plataforma de mídia social X.

O que é Crowdstrike Falcon

Especialista da Universidade de Melbourne, Toby Murray explicou que o problema está ligado a uma ferramenta de segurança chamada Crowdstrike Falcon. A plataforma foi o primeiro produto lançado pela Crowdstrike, em 2013, para fornecer proteção de endpoint e inteligência contra ameaças.

"CrowdStrike é uma empresa global de segurança cibernética e inteligência de ameaças", disse Murray. Falcon é conhecido como uma plataforma de detecção e resposta de endpoint, que monitora os computadores nos quais está instalado para detectar invasões (ou seja, ações de hackers) e responder a elas.

O CrowdStrike utiliza técnicas e aplicativos para um sistema antivírus considerado de última geração. É líder do setor e aposta na inteligência artificial e na aprendizagem de máquina para impedir ações de hackers antes que elas se efetivem. Trata-se de um sensor que pode ser instalado em sistemas de operacionais Windows, Mac ou Linux.

São vários módulos de produtos que se conectam a um ambiente de "Soluções de Segurança de Endpoint", hospedado em nuvem. Um único agente, conhecido como Sensor CrowdStrike Falcon, implementa tais produtos — Soluções de Segurança de Endpoint, Operações de TI de Segurança, Inteligência de Ameaças, Soluções de Segurança na Nuvem e Soluções de Proteção de Identidade.

Fundada em 2011, a Crowdstrike já atuou nas investigações de ataques cibernéticos de grande repercussão, como aquele que afetou a Sony Pictures em 2014; o Comitê Nacional Democrata dos EUA, em 2015-16; e no vazamento de e-mails do mesmo comitê americano, em 2016.

(Com Agência O Globo)

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