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Bill Clinton defende regras claras para espionar presidentes

Revelações sobre a espionagem de dirigentes estrangeiros abalaram a imagem internacional dos EUA, afirmou ex-presidente dos EUA


	Bill Clinton: "considerando-se a maneira como as informações foram utilizadas, não é evidente que tenham maximizado nossa segurança, e está claro que as pessoas acham que perderam um pouco de sua vida privada"
 (©AFP/Getty Images / Chip Somodevilla)

Bill Clinton: "considerando-se a maneira como as informações foram utilizadas, não é evidente que tenham maximizado nossa segurança, e está claro que as pessoas acham que perderam um pouco de sua vida privada" (©AFP/Getty Images / Chip Somodevilla)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 20h42.

São Paulo - O ex-presidente americano Bill Clinton afirmou nesta terça-feira que as revelações sobre a espionagem de dirigentes estrangeiros feita pela Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês) abalaram a imagem internacional dos EUA e reforçam a necessidade de reforma dos serviços de inteligência.

"Acho que são necessárias regras muito explícitas em relação aos grampos de conversas de dirigentes estrangeiros", disse Clinton, em entrevista por telefone à rede americana Fusion, divulgada parcialmente nesta terça.

Em sua presidência (1993-2001), garantiu, as escutas eram possíveis, caso os dirigentes estrangeiros "tivessem cometido atos hostis contra os Estados Unidos. (...) Mas não tínhamos a capacidade de fazer a maioria das coisas que se fazem hoje", explicou.

"Precisamos de mais transparência, mais proteção da vida privada e mais segurança", frisou Bill.

"Considerando-se a maneira como as informações foram utilizadas, não é evidente que tenham maximizado nossa segurança, e está claro que as pessoas acham que perderam um pouco de sua vida privada", acrescentou.

"É muito importante que mantenhamos uma discussão verdadeiramente pública sobre o que deveriam ser as regras (em matéria de espionagem)", comentou.

O ex-presidente democrata reconheceu que as revelações do ex-analista de inteligência Edward Snowden tiveram um impacto negativo para os Estados Unidos.

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