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Bilionário quer comprar uma ilha para os refugiados do mundo

Terceiro homem mais rico do Egito, Naguib Sawiris publicou um tuíte manifestando sua intenção de adquirir terras da Grécia ou da Itália


	Bote com refugiados próximo de ilha na Grécia: empresário acredita ser capaz de construir um novo país a partir do zero
 (REUTERS)

Bote com refugiados próximo de ilha na Grécia: empresário acredita ser capaz de construir um novo país a partir do zero (REUTERS)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 11h57.

São Paulo - Em meio à maior crise de refugiados do mundo desde a Segunda Guerra Mundial, o bilionário egípcio Naguib Sawiris anunciou que quer comprar uma ilha para abrigar as famílias que buscam uma nova vida longe das guerras e da perseguição.

Terceiro homem mais rico do Egito, segundo a revista Forbes, o empresário de telecomuinicações publicou um tuíte manifestando sua intenção de adquirir terras no Mediterrâneo.

"Grécia ou a Itália, me vendam uma ilha e declarem sua independência para abrigar lá imigrantes e proporcionar trabalho no desenvolvimento do novo país", escreveu.

"Ideia louca, talvez, mas pelo menos é [uma solução] temporária até que eles possam retornar aos seus países de origem", acrescentou em outro post.

Naguib, que falou com a agência francesa AFP após a publicação de seu tuíte, acredita que sua idéia é viável e que ele seria capaz de construir um novo país a partir do zero, investindo fortemente em infraestrutura.

"Existem dezenas de ilhas que são desertas e poderiam acomodar centenas de milhares de refugiados", disse Sawiris em entrevista nesta quinta-feira.

Não é uma investida simples, reconhe o empresário. Antes de tudo, é preciso convencer os países a lhe vender uma ilha e obter o direito de existência legal de um novo país.

Mas, pelo menos, os refugiados serão tratados como "pessoas" e não como "bestas", defende o empresário.

Segundo dados da Organização Internacional de Migrações (OIM), mais de 350 mil imigrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo e chegaram à Europa este ano, e 2.643 morreram na tentativa.

*Matéria atualizada às 11h15

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