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Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil

Presidentes também falaram sobre Venezuela e investimentos em energia verde

Os presidentes Lula e Joe Biden, durante encontro no G20, no Rio de Janeiro (Eric Lee/AFP)

Os presidentes Lula e Joe Biden, durante encontro no G20, no Rio de Janeiro (Eric Lee/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 19 de novembro de 2024 às 17h12.

Rio de Janeiro - Os presidentes Lula, do Brasil, e Joe Biden, dos Estados Unidos, tiveram uma reunião bilateral às margens do encontro do G20, no Rio de Janeiro, nesta terça, 19. O líder americano anunciou um plano para expandir a rede de fibra óptica no país e os dois prometeram continuar monitorando a situação na Venezuela.

De acordo com comunicado divulgado pela embaixada americana em Brasília, o plano de expansão da internet pretende ampliar o acesso para mais 1 milhão de residências e 4.000 escolas até 2027. Não foram informados valores nem outros detalhes de como a ideia será implantada.

Sobre Venezuela, os dois líderes "concordaram em continuar consultando sobre a situação na Venezuela e pediram que a vontade democrática do povo venezuelano seja respeitada e o fim da repressão política", segundo a nota.

Em julho, o presidente Nicolás Maduro se reelegeu para um terceiro mandato na Venezuela, em uma eleição questionada por acusações de fraude. EUA e Brasil questionaram o resultado publicamente.

Transição energética

Nesta terça, EUA e Brasil anunciaram uma nova Parceria para Transição Energética, que se concentra em três pilares: expandir a produção de energia limpa, descarbonizar setores da indústria e mobilizar financiamento para a área, por meio de financiamentos públicos, privados e por bancos de desenvolvimento.

'O presidente Biden expressou sua confiança na durabilidade dessa parceria, que se baseia na cooperação bilateral de longa data, como o Fórum de Energia Brasil-EUA e o Diálogo de Minerais Estratégicos", diz o comunicado.

Biden está em fim de mandato e deixará a Casa Branca em janeiro, quando o rival Donald Trump assumirá. O futuro presidente defendeu na campanha dar mais espaço à exploração de petróleo e já fez críticas ao combate às mudanças climáticas.

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