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Biden se opõe à venda da siderúrgica US Steel para a japonesa Nippon Steel

As declarações de Biden ocorrem menos de um mês antes da visita de Estado do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, à Casa Branca

Os sindicatos ficaram furiosos com o acordo proposto, apesar da promessa das empresas de honrar os contratos acordados entre os trabalhadores e a empresa americana (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS /AFP)

Os sindicatos ficaram furiosos com o acordo proposto, apesar da promessa das empresas de honrar os contratos acordados entre os trabalhadores e a empresa americana (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS /AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 14 de março de 2024 às 11h37.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira, 14, que se opõe à venda da siderúrgica US Steel à japonesa Nippon Steel. O anúncio, em plena campanha eleitoral nos Estados Unidos, pode incomodar Tóquio, um dos seus principais aliados.

"É importante que mantenhamos empresas siderúrgicas americanas fortes, impulsionadas por trabalhadores americanos. Eu disse aos nossos siderúrgicos que os apoio, e estou falando sério", disse Biden em um comunicado.

A US Steel, com sede em Pittsburgh, Pensilvânia (nordeste), "foi uma empresa siderúrgica americana icônica há mais de um século, e é vital que continue sendo uma empresa siderúrgica americana, operada no país, com propriedade local", acrescentou o presidente do Partido Democrata em comunicado.

Visita de Biden

As declarações de Biden ocorrem menos de um mês antes da visita de Estado do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, à Casa Branca.

E ocorrem em plena campanha eleitoral rumo às eleições presidenciais de novembro, nas quais Biden disputa o voto dos sindicatos e da classe trabalhadora contra o republicano Donald Trump.

O acordo de compra de 14,1 bilhões de dólares (70,2 bilhões de reais), anunciado em dezembro, continua sob revisão pelas autoridades de segurança federais dos EUA.

Naquele momento, a Casa Branca alertou que a operação deveria passar por uma análise cuidadosa porque poderia ter implicações para a segurança nacional.

Os sindicatos ficaram furiosos com o acordo proposto, apesar da promessa das empresas de honrar os contratos acordados entre os trabalhadores e a empresa americana.

Em dezembro, o sindicato siderúrgico United Steelworkers (USW) classificou o acordo como uma "atitude gananciosa e míope" por parte da US Steel e questionou a capacidade da empresa japonesa de cumprir com os contratos

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