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Biden propõe a Obama 19 medidas para controle de armas

Entre as ações que Obama poderia empreender com um decreto presidencial esta a de reforçar a implementação de leis sobre armas já existentes


	Barack Obama ao lado de Joe Biden: recomendações incluem nomeação de um diretor do Escritório de Álcool, Tabaco e Armas, que está há seis anos sem um dirigente permanente
 (REUTERS/Jonathan Ernst)

Barack Obama ao lado de Joe Biden: recomendações incluem nomeação de um diretor do Escritório de Álcool, Tabaco e Armas, que está há seis anos sem um dirigente permanente (REUTERS/Jonathan Ernst)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 17h55.

Washington - O plano que o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou ontem ao presidente Barack Obama para o controle de armas inclui 19 medidas que o líder poderia tomar sem o aval do Congresso, informaram alguns congressistas nesta terça-feira.

Entre as ações que Obama poderia empreender com um decreto presidencial estão as de reforçar a implementação de leis sobre armas já existentes e autorizar os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) a fazer uma pesquisa em nível nacional sobre o assunto.

Além disso, o líder poderia exigir que as agências proporcionem ao Governo a informação sobre antecedentes que deve acompanhar as vendas de armas, para assegurar-se que é "a mais completa possível", disse o congressista democrata Mike Thompson ao canal "CNN".

As recomendações incluem também a nomeação de um diretor do Escritório de Álcool, Tabaco e Armas (ATF, em inglês), que está há seis anos sem um dirigente permanente, acrescentou.

Thompson e outros congressistas se reuniram na segunda-feira com Biden para conhecer as propostas que o vice-presidente elaborou junto com um grupo de trabalho como Obama lhe encarregou após o massacre de Newtown (Connecticut), onde há um mês um jovem matou 27 pessoas, entre elas 20 crianças, antes de suicidar-se.

Segundo disse hoje outro dos legisladores presentes no encontro, o democrata Bobby Scott, as 19 propostas de decreto presidencial não incluem mudanças na legislação, como se seria necessário para uma proibição dos rifles de assalto.

"Tudo se centrou em aplicar as leis atuais, administrar coisas como melhorar a base de dados de antecedentes. Coisas como essa, que não implicam mudar a lei, mas aplicá-la e assegurar-nos que seja administrada da melhor maneira possível", disse Scott à revista "Politico".

Quanto às medidas que requeriam a aprovação do Congresso, Biden cogitou a possibilidade de Obama recorrer ao aparelho político de sua campanha de reeleição, segundo indicou a congressista democrata Jackie Speier.

"Disse que (seu trabalho) se centrou principalmente nas medidas e que a estratégia política do assunto ainda não foi elaborada. Nos lembrou que a infraestrutura de sua campanha continua sendo acessível", indicou Speier a "Politico".

Obama está revisando as recomendações de Biden e anunciará sua decisão amanhã, segundo revelou hoje o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

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