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Biden promete a Israel manter principais sanções contra Irã

EUA vão manter a "arquitetura de sanções" contra o Irã, apesar do alívio oferecido pelas potências mundiais


	O vice-presidente americano, Joe Biden: político reiterou a posição dos EUA de que a expansão dos assentamentos judaicos em territórios ocupados "não é construtiva" para o processo de paz
 (REUTERS/Pilar Olivares)

O vice-presidente americano, Joe Biden: político reiterou a posição dos EUA de que a expansão dos assentamentos judaicos em territórios ocupados "não é construtiva" para o processo de paz (REUTERS/Pilar Olivares)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 08h21.

Shanon - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegurou ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que os EUA vão manter a "arquitetura de sanções" contra o Irã, apesar do alívio oferecido pelas potências mundiais na busca por um acordo final sobre a questão nuclear iraniana.

Em quatro horas de abrangentes discussões durante uma visita de Biden a Israel para o funeral do ex-premiê israelense Ariel Sharon na segunda-feira, o vice-presidente explicou a Netanyahu os termos do acordo provisório destinado a conter o programa nuclear iraniano, e buscou opiniões a respeito dos esforços para alcançar um acordo mais amplo, segundo uma fonte graduada do governo norte-americano.

Netanyahu tem atritos com o governo Obama por causa do envolvimento diplomático dos EUA com o Irã, e Washington tenta atenuar as preocupações israelenses de que Teerã estaria conseguindo muita coisa em troca de poucas concessões.

"É seguro dizer que a questão de assegurar a continuidade da implementação da arquitetura de sanções é uma prioridade importante para nós, é uma prioridade para Israel e foi tema de conversa", disse o funcionário a jornalistas a bordo do avião que levou Biden de volta a Washington.

A visita de Biden a Israel ocorreu apenas um dia depois do anúncio de que o acordo de seis meses entre o Irã e seis potências mundiais, incluindo os EUA, entrará em vigor em 20 de janeiro, abrindo caminho para o fim do longo impasse envolvendo as ambições nucleares iranianas.

Num primeiro momento, o Irã se compromete a abrir mão de parte das suas atividades nucleares estratégicas em troca da suspensão de algumas sanções, como as restrições ao comércio de metais preciosos, produtos petroquímicos e automóveis.


Assim como Obama, Biden também deixou claro a Netanyahu que os EUA se opõem à adoção de novas sanções por parte do Congresso enquanto um acordo definitivo estiver sendo negociado com o Irã, segundo a fonte oficial.

Durante o jantar de trabalho, que durou o dobro do previsto, Biden e Netanyahu também falaram sobre o processo de paz entre israelenses e palestinos, mantido a duras penas sob os auspícios do secretário de Estado dos EUA, John Kerry.

Segundo o funcionário que falou à Reuters, Biden não tentou resolver as divergências entre as partes em conflito, mas teve uma "conversa estratégica" sobre como alcançar o objetivo estratégico de fazer Israel coexistir pacificamente com uma eventual Palestina independente.

De acordo com a fonte, Biden reiterou a posição dos EUA de que a expansão dos assentamentos judaicos em territórios ocupados "não é construtiva" para o processo de paz.

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