O presidente Joe Biden, ao desembarcar em West Columbia, Carolina do Sul, para um evento de campanha no sábado, 27 de janeiro (Kent Nishimura/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 27 de janeiro de 2024 às 19h50.
Última atualização em 27 de janeiro de 2024 às 19h57.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu na sexta-feira aos republicanos do Congresso que aprovem uma reforma para controlar a imigração que lhe permitiria "fechar a fronteira" com o México "quando esta estiver saturada".
As negociações sobre este tema, um dos mais importantes para as eleições de novembro, são consideradas árduas. Há semanas, o presidente e sua equipe trabalham "as 24 horas do dia, os feriados e os fins de semana", afirmou Biden.
"O que foi negociado seria - se for aprovado como lei - o conjunto de reformas mais duras e justas para garantir a segurança da fronteira que jamais tivemos em nosso país", afirmou Biden em comunicado.
"[A lei] me daria, como presidente, uma nova autoridade de emergência para fechar a fronteira quando esta estiver saturada", acrescentou, sem que se saibam os detalhes do acordo negociado entre um grupo de congressistas conservadores e funcionários governamentais.
Estas negociações são um tentativa de salvar um pacote de ajuda à Ucrânia que o presidente solicitou ao Congresso, mas condicionado pelos republicanos a um endurecimento da política migratória.
"Se vocês levam a sério a crise fronteiriça, aprovem um projeto de lei bipartidário e eu o sancionarei", acrescentou.
O presidente, candidato à reeleição em novembro, pede que o Congresso proporcione os fundos que pediu em outubro para cobrir o custo de 1.300 agentes adicionais da patrulha fronteiriça, 375 juízes de imigração, 1.600 funcionários de asilo e mais de 100 máquinas para detectar fentanil na fronteira.
A convocação de Biden chega poucas horas depois de o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, advertir que o pacto migratório morrerá assim que chegar à Câmara. "Se os rumores sobre o conteúdo do projeto estão corretos, ele já estaria morto ao chegar à Câmara de qualquer maneira", afirmou Johnson em uma carta enviada aos parlamentares do partido.