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Biden nomeia primeira ministra negra da Suprema Corte dos EUA

Presidente americano afirmou que chegou a hora de o principal órgão judiciário do país refletir “todo o talento e grandeza da nossa nação”

Ketanji Brown Jackson discursa após ser nomeada para ocupar cadeira na Suprema Corte dos EUA
25/02/2022
REUTERS/Leah Millis (Leah Millis/Reuters)

Ketanji Brown Jackson discursa após ser nomeada para ocupar cadeira na Suprema Corte dos EUA 25/02/2022 REUTERS/Leah Millis (Leah Millis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de fevereiro de 2022 às 19h35.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2022 às 19h48.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou nesta sexta-feira a juíza de apelações Ketanji Brown Jackson para ser a primeira mulher negra na Suprema Corte dos Estados Unidos, dizendo que chegou a hora de o principal órgão judiciário do país refletir “todo o talento e grandeza da nossa nação”.

Biden escolheu Jackson, de 51 anos, para um cargo vitalício na alta corte, substituindo o liberal Stephen Breyer, que está se aposentando, e dando início a uma batalha de confirmação em um Senado muito dividido. A nomeação de Jackson cumpre uma promessa de campanha que Biden fez dois anos atrás.

Biden apareceu na Casa Branca com Jackson e a vice-presidente Kamala Harris, primeira pessoa negra a ocupar a vice-presidência. Biden disse que há muito tempo o governo dos EUA e seus tribunais não “se parecem com os Estados Unidos”.

Ele pediu que o Senado se mova rapidamente para confirmá-la.

Se for confirmada, Jackson se tornará a sexta mulher a servir na Suprema Corte, que atualmente tem três integrantes mulheres. Ela se juntaria ao bloco liberal em uma corte que tem vantagem conservadora de 6 a 3, incluindo três ministros nomeados por Donald Trump, predecessor de Biden.

Os democratas têm maioria de um voto sobre os republicanos no Senado e, se permanecerem unidos, podem confirmar Jackson sem precisar de votos republicanos porque apenas uma maioria simples é necessária. Os democratas dizem que planejam avançar com a nomeação em um cronograma similar ao único mês que os republicanos usaram para a terceira indicada por Trump, Amy Coney Barrett, em 2020.

O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, chamou Jackson de “a escolha favorita de grupos de extrema esquerda com dinheiro obscuro que passaram anos atacando a legitimidade e a estrutura da própria corte”. McConell havia sinalizado anteriormente que, se os republicanos recuperassem a maioria do Senado nas eleições de meio de mandato em 8 de novembro, ele poderia usar o poder do bloco para travar qualquer futura indicação de Biden à Suprema Corte.

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