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Biden entregará ajuda restante à Ucrânia antes de Trump assumir o cargo

Democrata fica na Casa Branca até 20 de janeiro de 2025

Joe Biden, presidente dos EUA, e Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia (Demetrius Freeman/The Washington Post/Getty Images)

Joe Biden, presidente dos EUA, e Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia (Demetrius Freeman/The Washington Post/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 10 de novembro de 2024 às 18h06.

O presidente em fim de mandato dos Estados Unidos, Joe Biden, entregará à Ucrânia os quase US$ 6 bilhões restantes em ajuda militar antes que o novo presidente, Donald Trump, que tem sido muito crítico em relação à ajuda a Kiev, tome posse em 20 de janeiro, segundo confirmou neste domingo a Casa Branca.

Biden garantiu ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a última reunião que tiveram em Washington, no último mês de setembro, que entregaria toda a ajuda aprovada pelo Congresso antes do final do seu mandato, explicou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em uma entrevista à emissora “CBS”.

“Até 20 de janeiro, teremos enviado à Ucrânia todo o montante de recursos e ajuda que o Congresso nos autorizou”, disse Sullivan, principal conselheiro de política externa de Biden.

De acordo com Sullivan, Biden também pedirá nos próximos 70 dias ao novo Congresso e à administração Trump que mantenham o apoio a Kiev, uma vez que “afastar-se da Ucrânia significaria mais instabilidade na Europa”.

O conselheiro de Segurança Nacional defendeu que, desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, a política do governo Biden tem sido entregar armas à Ucrânia para que o país fique em uma “posição mais forte” tanto no campo de batalha como em uma possível mesa de negociações.

“Cabe à Ucrânia decidir, por sua própria soberania e integridade territorial, quando e como se sentar para negociar (com a Rússia)”, declarou.

Sob o lema “Estados Unidos em primeiro”, Trump, que já governou o país entre 2017 e 2021, promete uma guinada para uma política externa mais isolacionista.

O republicano tem sido muito crítico em relação ao envio de armas para a Ucrânia, elogiou o presidente russo, Vladimir Putin, e garante que é capaz de chegar a um acordo que ponha fim à guerra em 24 horas, embora não tenha esclarecido se estaria disposto a ceder território ucraniano à Rússia.

No último mês de abril, o Congresso dos EUA conseguiu aprovar US$ 61 bilhões em ajuda à Ucrânia, após vários meses de bloqueio republicano ordenado pelo próprio Trump.

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