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Biden e Putin marcam conversa sobre tensão em fronteira com Ucrânia

Moscou insiste que Washington garanta a não admissão da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)

Biden e Putin em Genebra. (Sputnik/Mikhail Metzel/Pool/Reuters)

Biden e Putin em Genebra. (Sputnik/Mikhail Metzel/Pool/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de dezembro de 2021 às 15h38.

Os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin irão conversar por telefone na terça-feira, 7, enquanto as tensões entre Estados Unidos e Rússia se intensificam diante de um aumento de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, considerado um sinal de possível invasão. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou neste sábado, 4, a chamada e disse que acontecerá à tarde.

Moscou insiste que Washington garanta a não admissão da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Enquanto isso, membros da inteligência dos Estados Unidos declararam que a Rússia reuniu aproximadamente 70 mil soldados na fronteira com a Ucrânia e começou a planejar uma possível invasão a partir do próximo ano, segundo um funcionário do governo de Biden que falou sob condição de anonimato, por não estar autorizado a discutir publicamente o assunto.

Os riscos de que Putin proceda com essa invasão seriam enormes. Funcionários federais e ex-diplomatas americanos afirmam que, mesmo que o presidente russo claramente se prepare para uma possível invasão, o exército ucraniano atualmente está mais bem armado e preparado, do que no passado. Além disso, as sanções que o Ocidente ameaça impor afetariam seriamente a economia russa.

"Estou preparando o que considero ser o conjunto de iniciativas mais amplo e significativo para tornar muito, muito difícil que o senhor Putin siga adiante com o que temem que ele faça", disse Biden, ontem. 

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