Mundo

Biden diz ter mínimo de delegados para indicação democrata

Biden, de 77 anos, alcançou marca no momento em que os EUA se encontram mergulhados em uma onda de mobilizações pela morte do afroamericano George Floyd

Joe Biden: "Este é um momento difícil na história dos Estados Unidos. E a política agressiva e divisiva de Donald Trump não é uma resposta" (Brendan McDermid/File Photo/Reuters)

Joe Biden: "Este é um momento difícil na história dos Estados Unidos. E a política agressiva e divisiva de Donald Trump não é uma resposta" (Brendan McDermid/File Photo/Reuters)

A

AFP

Publicado em 6 de junho de 2020 às 10h16.

Última atualização em 6 de junho de 2020 às 10h18.

Joe Biden anunciou, na sexta-feira (6), ter garantido os delegados necessários para obter a indicação democrata e enfrentar Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos

"Amigos, hoje à noite garantimos os 1.991 delegados necessários para vencer a indicação democrata", disse o ex-vice-presidente no Twitter.

"Vou me dedicar todos os dias a lutar para conquistar seu voto, para que, juntos, possamos vencer a batalha pela alma desta nação", completou.

Ele já era considerado o virtual candidato democrata desde abril, quando o senador Bernie Sanders, de Vermont, desistiu da disputa e endossou sua candidatura à Casa Branca.

Joe Biden, de 77 anos, alcançou esta marca no momento em que os Estados Unidos se encontram mergulhados em uma onda de mobilizações pela morte do afroamericano George Floyd, nas mãos de um policial branco.

A morte de Floyd reacendeu a raiva acumulada ao longo dos anos por assassinatos policiais de cidadãos negros e desencadeou um movimento nacional de protestos civis sem precedentes no país desde o assassinato de Martin Luther King Jr., em 1968.

"Este é um momento difícil na história dos Estados Unidos. E a política agressiva e divisiva de Donald Trump não é uma resposta", escreveu Biden em um post na plataforma digital Medium.

"O país está pedindo liderança. Liderança que pode nos unir", acrescentou.

Em seu primeiro discurso público importante desde que entrou em confinamento em casa em meados de março, devido à pandemia de coronavírus, Biden chamou a morte de Floyd de "um alerta para nossa nação" e acusou Trump de transformar os Estados Unidos em um "campo de batalha dividido por velhos ressentimentos e novos medos".

Vice-presidente nos oito anos de governo do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama, Biden prometeu abordar o "racismo sistêmico", se eleito para a Casa Branca.

Esta semana, o democrata já havia acusado o presidente Donald Trump de pensar apenas na reeleição. Sua resposta aos protestos contrasta fortemente com a do rival republicano, que ameaçou enviar o Exército contra manifestantes.

Durante um breve discurso, na segunda-feira (1o), Trump anunciou a mobilização de "milhares e milhares de soldados fortemente armados" e policiais em Washington para impedir "os distúrbios, os saques, o vandalismo, os ataques e a destruição gratuita de propriedade".

E ameaçou as várias cidades que registram protestos: se as autoridades locais não tomarem medidas para detê-los, Trump disse que enviará o Exército para "resolver o problema rapidamente".

Enquanto falava no Jardim das Rosas da Casa Branca, a polícia dispersava manifestantes reunidos do lado de fora da residência presidencial com gás lacrimogêne

Acompanhe tudo sobre:Eleições americanasEstados Unidos (EUA)Joe Biden

Mais de Mundo

Irã manterá diálogos sobre seu programa nuclear com França, Alemanha e Reino Unido

Eleições na Romênia agitam país-chave para a Otan e a Ucrânia

Irã e Hezbollah: mísseis clonados alteram a dinâmica de poder regional

Ataque de Israel ao sul do Líbano deixa um militar morto e 18 feridos