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Biden confirma que EUA matou líder do Estado Islâmico em operação na Síria

O presidente americano confirmou que Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi foi morto por forças especiais americanas durante a madrugada. A operação deixou 13 mortos, incluindo 7 civis (3 mulheres e 4 crianças)

EUA: Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), a operação deixou 13 mortos, incluindo 7 civis (3 mulheres e 4 crianças) (AFP/AFP)

EUA: Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), a operação deixou 13 mortos, incluindo 7 civis (3 mulheres e 4 crianças) (AFP/AFP)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 3 de fevereiro de 2022 às 10h28.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2022 às 11h58.

O presidente dos Estados UnidosJoe Biden, anunciou nesta quinta-feira, 3, que o líder do Estado IslâmicoAbu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, foi morto na operação que forças especiais americanas fizeram na Síria.

"Ontem à noite, sob minha direção, as forças militares dos EUA no noroeste da Síria realizaram com sucesso uma operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e nossos aliados e tornar o mundo um lugar mais seguro", afirmou Biden em um comunicado divulgado pela Casa Branca. "Graças à habilidade e bravura de nossas Forças Armadas, tiramos do campo de batalha Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi – o líder do ISIS (Estado Islâmico, na sigla em inglês)", concluiu o presidente americano.

Fontes do governo americano disseram às agências de notícias que al-Qurayshi e integrantes de sua família teriam morrido na explosão de uma bomba que ele mesmo detonou durante o ataque.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), a operação deixou 13 mortos, incluindo 7 civis (3 mulheres e 4 crianças). Esta é a maior operação das forças americanas na Síria desde a morte em outubro de 2019 de Abu Bakr Al Baghdadi, antigo líder do grupo extremista Estado Islâmico, explicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman. 

Também conhecido como Amir Mohammed Abdul Rahman al-Mawli al-Salbi, al-Qurayshi, nascido no Iraque, assumiu o comando do Estado Islâmico dias depois da morte de al-Baghdadi, alvo de um ataque dos EUA na Síria. Inicialmente visto como ilegítimo por alguns dos apoiadores do grupo, e marcado por suas poucas aparições públicas, o agora ex-comandante extremista foi um dos responsáveis pelo ressurgimento das atividades da organização no Iraque e na Síria. O governo americano oferecia uma recompensa de US$ 10 milhões por informações que levassem à sua captura.

Mais cedo, o Pentágono afirmou que "a missão foi um sucesso" e que não houve vítimas entre as forças americanas.

Os militares pousaram de helicóptero perto de acampamentos de deslocados na cidade de Atme, na região de Idlib, controlada em grande parte por grupos extremistas e insurgentes, afirmou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), que tem uma ampla rede de fontes no país, devastado pela guerra.

De acordo com os correspondentes da AFP na região, a operação americana tinha como alvo um edifício de dois andares em uma área cercada por árvores. Parte do prédio foi destruída no ataque. As forças especiais americanas tinham artilharia pesada, drones de ataqye Reaper e caças de combate.

O ataque ocorreu no momento em que o Estado Islâmico dava sinais de força no Iraque e na Síria, justamente os países onde surgiu e onde chegou a controlar um grande território na década passada. A complexa guerra da Síria, que deixa o país fragmentado com a presença de vários grupos, já provocou quase 500.000 mortes desde 2011.

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