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Biden dirá à ONU que não acredita em 'nova Guerra Fria'

Discurso do presidente americano acontece em um contexto de alta rivalidade entre Washington e Pequim

Joe Biden: programa 'fique no méxico' obriga os requerentes de asilo a aguardar a resolução de seus casos no México (Kevin Lamarque/Reuters)

Joe Biden: programa 'fique no méxico' obriga os requerentes de asilo a aguardar a resolução de seus casos no México (Kevin Lamarque/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de setembro de 2021 às 16h05.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que discursará na terça-feira (21) em Nova York na Assembleia Geral das Nações Unidas, dirá que "não acredita na ideia de uma nova Guerra Fria", antecipou uma fonte de seu governo nesta segunda-feira (20).

Biden dirá que "não acredita na ideia de uma nova Guerra Fria com um mundo dividido em blocos", disse a fonte, em um contexto de alta rivalidade entre Washington e Pequim.

O presidente dos Estados Unidos "acredita em uma concorrência vigorosa, intensa e baseada em princípios", acrescentou.

Biden, que ofendeu muitos aliados com a retirada de suas tropas do Afeganistão - a qual muitos viram como muito unilateral - e depois de provocar uma grave crise diplomática com a França por um acordo com a Austrália que afeta um grande contrato de armas com Paris, vai para Nova York com um discurso de união, segundo este alto funcionário.

O presidente americano quer que a comunidade internacional saiba que "encerrou o capítulo sobre a guerra" e "abriu um capítulo dedicado à diplomacia americana personalizada, decidida e eficaz, definida pela cooperação com aliados e sócios (dos Estados Unidos) para resolver problemas que não podem ser (resolvidos) pela força militar".

 

 

Sobre a reputação internacional dos Estados Unidos, ele afirmou que "o contexto foi bastante positivo, apesar das diferentes perspectivas sobre o Afeganistão e dos problemas que estamos lidando atualmente com a França".

Sobre este último ponto, confirmou a informação fornecida por Paris de que Biden solicitou uma conversa telefônica com seu homólogo francês, Emmanuel Macron.

E acrescentou: "Estamos impacientes" para termos esta conversa telefônica.

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