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Biden denuncia esforço para ‘apagar’ memória do Capitólio e pede que americanos não esqueçam ataque

Em artigo de opinião, presidente democrata prometeu transição pacífica de poder e disse estar ‘determinado’ a ‘restaurar as tradições’ nos EUA

Capitólio: Biden pede que americanos lembrem os eventos de 6 de janeiro de 2021 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Capitólio: Biden pede que americanos lembrem os eventos de 6 de janeiro de 2021 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 16h11.

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O presidente Joe Biden destacou em artigo publicado no Washington Post o que classificou como um “esforço implacável” para minimizar o ataque ao Capitólio, ocorrido em 6 de janeiro de 2021. Ele também reforçou sua determinação em respeitar a transição pacífica de poder, prometendo “restaurar as tradições” democráticas nos Estados Unidos.

“Neste 6 de janeiro, a ordem será restabelecida. Funcionários, assistentes e membros do Congresso se reunirão para certificar os resultados de uma eleição presidencial livre e justa e garantir a transferência pacífica de poder. (...) Por grande parte de nossa História, esse processo foi tratado como uma formalidade, um ato rotineiro. Mas, depois do que todos nós testemunhamos em 6 de janeiro de 2021, sabemos que nunca mais podemos tomá-lo como garantido”, escreveu o presidente.

Memória do ataque e contrastes com Trump

Biden destacou a importância de lembrar o ataque como um momento de prova para a democracia americana. [Grifar] “Devemos lembrar que a democracia — mesmo nos Estados Unidos — nunca é garantida”[/grifar], disse ele, enfatizando que esquecer os eventos de 2021 pode levar o país a repetir erros do passado.

Sem citar diretamente seu antecessor, Donald Trump, Biden criticou tentativas de reescrever o que aconteceu no ataque. “Há um esforço implacável para reescrever — até apagar — a história daquele dia. Para nos dizer que não vimos o que vimos com nossos próprios olhos. Isso não foi o que aconteceu”, afirmou o democrata, contrastando sua postura com a do republicano, que frequentemente minimiza o ocorrido.

Transição de poder e medidas preventivas

Além de assegurar que a certificação de 2025 ocorrerá sem incidentes, Biden revelou que sua administração tem estudado conceder indultos preventivos a figuras que podem ser alvos de represálias futuras. [Grifar] A ideia é proteger líderes como Liz Cheney, que desempenhou papel central na investigação sobre o ataque ao Capitólio[/grifar], de possíveis retaliações.

“Quatro anos depois, deixando o cargo, estou determinado a fazer tudo o que posso para respeitar a transferência pacífica de poder e restaurar as tradições que há muito respeitamos nos EUA”, afirmou Biden, reforçando o convite ao presidente eleito para a posse e sua presença na cerimônia, em contraste com a ausência de Trump em 2021.

 

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