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Biden celebra sua política econômica e reage ao indiciamento de Trump

Ex-presidente dos EUA foi acusado de tentar alterar o resultado das urnas no estado da Geórgia

Joe Biden: presidente dos Estados Unidos enfrenta grandes problemas em seu governo (Aurélia END/AFP)

Joe Biden: presidente dos Estados Unidos enfrenta grandes problemas em seu governo (Aurélia END/AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 15 de agosto de 2023 às 17h06.

Última atualização em 15 de agosto de 2023 às 19h34.

Donald Trump acumula indiciamentos e Joe Biden, fábricas de turbinas eólicas, empregos criados e investimentos. No entanto, acima de tudo, o presidente democrata evita comentar os problemas judiciais de seu antecessor e grande rival republicano.

Nesta terça-feira, 15, dia seguinte ao quarto indiciamento do magnata republicano, Biden viajou para Wisconsin (norte) para celebrar sua política econômica e social.

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Biden, que aos 80 anos busca um segundo mandato, planeja visitar uma planta que está sobrecarregada com pedidos de turbinas eólicas e começando a fabricar estações de recarga para carros elétricos. O objetivo é criar 100 postos de trabalho em um estado que será crucial nas eleições presidenciais do próximo ano.

A disputa está se moldando como uma revanche de 2020, na qual os dois se enfrentaram, Biden venceu e Trump nunca aceitou sua derrota.

Essa recusa levou ao indiciamento anunciado na segunda-feira na Geórgia, onde um promotor o acusa, junto com outras 18 pessoas, de tentar alterar o resultado das urnas neste estado do sul.

Calado

Não surpreende que Joe Biden mantenha silêncio sobre o assunto. Pelo menos, essa tem sido a estratégia que ele adotou desde a primeira das quatro acusações contra seu rival, em Nova York, por pagamentos suspeitos a uma atriz pornô.

O presidente dos Estados Unidos compreende que os republicanos, que o acusam de usar a Justiça contra Donald Trump, aproveitariam qualquer mínimo comentário.

O democrata já é naturalmente relutante em falar com jornalistas, mas desde o início do verão ele os evita ainda mais.

Ficaram para trás as breves sessões de perguntas e respostas ao pé do avião ou durante um passeio de bicicleta. Biden se limita a discursos preparados sobre suas principais iniciativas de investimento, em particular sobre a Lei de Redução da Inflação (IRA), assinada em 16 de agosto de 2022.

A IRA, nomeada assim devido ao aumento dos preços da energia quando foi assinada, é um imenso programa de incentivos e subsídios para a transição energética.

O governo americano calcula que o plano já gerou US$ 110 bilhões (R$ 548 bilhões, na cotação atual) em investimento privado.

Enquanto Trump soma processos judiciais contra ele, a Casa Branca contabiliza painéis solares, turbinas eólicas e empregos gerados.

"Só em Wisconsin, as empresas prometeram mais de 3 bilhões de dólares (15 bilhões de reais, na cotação atual) em investimentos em fábricas e energia limpa desde que o presidente Biden assumiu o cargo", afirmou a Casa Branca nesta terça-feira.

“Senso de honra”

Joe Biden está bem ciente de que essa mensagem não causará tanto impacto em sua campanha para 2024 quanto as acusações contra Donald Trump.

Mas o democrata acredita que acabará se beneficiando da solidez da economia americana, que até agora desafiou as previsões de recessão.

Para se diferenciar de seu rival, Biden não quer causar alvoroço.

Também ficou em silêncio na semana passada quando um promotor especial foi nomeado para investigar seu filho Hunter, envolvido em problemas judiciais e acusado pelos republicanos de envolvimento em negócios questionáveis no exterior.

O anúncio rapidamente foi ofuscado pela perspectiva do indiciamento de Trump na Geórgia.

A aprovação pública ao presidente é baixa. Os americanos não estão convencidos de seu programa econômico e veem com desconfiança sua idade, já que ele teria 86 anos ao final de um segundo mandato.

Por outro lado, com quatro décadas de carreira política, ele estima que o tempo joga a seu favor, assim como o contraste entre sua personalidade e a de Trump.

Em uma reunião na semana passada com doadores democratas, afirmou que deseja devolver à política dos Estados Unidos "um senso de decência, um senso de honra".

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