Mundo

Biden e Johnson querem união contra ataques cibernéticos e crise climática

O encontro entre aliados no sudoeste da Inglaterra, onde a cúpula do G7 será realizada de sexta a domingo, dará início a uma intensa turnê europeia de Biden

O presidente americano Joe Biden: reunião nesta quinta-feira (10) com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson deve chegar a acordo sobre ameaças de ataques cibernéticos e do aquecimento global (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

O presidente americano Joe Biden: reunião nesta quinta-feira (10) com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson deve chegar a acordo sobre ameaças de ataques cibernéticos e do aquecimento global (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 10 de junho de 2021 às 06h40.

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o presidente dos EUA, Joe Biden, planejam chegar a um acordo nesta quinta-feira (10) durante sua primeira reunião sobre uma nova "Carta do Atlântico" que leva em conta a ameaça de ataques cibernéticos e o aquecimento global, segundo Downing Street.

O encontro entre aliados no sudoeste da Inglaterra, onde a cúpula do G7 será realizada de sexta a domingo, dará início a uma intensa turnê europeia de Biden.

Esta nova "Carta do Atlântico", inspirada na assinada por Churchill e Roosevelt, deve afirmar que "embora o mundo tenha mudado desde 1941, os valores permanecem os mesmos" no que diz respeito à defesa da democracia, segurança coletiva e comércio internacional, Downing Street disse pouco depois que o presidente americano desembarcou no Reino Unido na noite desta quarta-feira (9).

O documento "também reconhecerá os desafios mais recentes, como a necessidade de enfrentar a ameaça de ataques cibernéticos, agir com urgência para enfrentar as mudanças climáticas e proteger a biodiversidade e, claro, ajudar o mundo a interromper e se recuperar da pandemia do novo coronavírus", acrescentou.

Os dois líderes também devem discutir a retomada das viagens entre o Reino Unido e os Estados Unidos após a pandemia, assim como um futuro acordo que permita maior cooperação no setor de tecnologia.

"A cooperação entre o Reino Unido e os Estados Unidos, o mais próximo entre os parceiros e o maior dos aliados, será crucial para a futura estabilidade e prosperidade do mundo", afirmou Johnson, mencionado no comunicado.

"Os acordos que o presidente Biden e eu chegaremos hoje (...) estabelecerão as bases para uma recuperação mundial sustentável", acrescentou.

Os dois países estão ligados pelo que é tradicionalmente chamado de "relacionamento especial", embora Johnson prefira evitar esse termo.

O líder britânico foi o primeiro líder europeu chamado por Biden depois de assumir o lugar de Donald Trump em janeiro.

As conotações populistas de Johnson lhe renderam comparações com Trump, que elogiava o político do Reino Unido e o Brexit.

Porém o conservador britânico está muito mais em sintonia com o governo Biden em grandes questões internacionais, como a crise climática ou os desafios impostos pela China e pela Rússia.

No entanto, pontos críticos permanecem em torno da Irlanda do Norte: a Casa Branca não gosta das tentativas de Londres de violar seus compromissos comerciais com a UE diante do Brexit.

E alerta que isso pode comprometer o sucesso de um acordo comercial entre os Estados Unidos e o Reino Unido, tão aguardado por Londres.

Downing Street não mencionou essas negociações comerciais em seu comunicado, o que sugere que nenhum progresso é esperado nesta área.

Assine a EXAME e acesse as notícias mais importante em tempo real.

Acompanhe tudo sobre:Boris JohnsonExame HojeG7 – Grupo dos SeteGoverno BidenJoe Biden

Mais de Mundo

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais

Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês