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Biden sanciona estímulo de US$ 1,9 tri e primeiros pagamentos serão no fim de semana

Após a aprovação do pacote trilionário no Congresso, os primeiros americanos receberão os cheques do auxílio do governo a partir deste fim de semana

Biden e Kamala Harris em cerimônia nesta quinta-feira na Casa Branca: presidente americano sancionou hoje pacote de 1,9 trilhão de dólares (Tom Brenner/Reuters)

Biden e Kamala Harris em cerimônia nesta quinta-feira na Casa Branca: presidente americano sancionou hoje pacote de 1,9 trilhão de dólares (Tom Brenner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2021 às 17h13.

Última atualização em 11 de março de 2021 às 18h16.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou na tarde desta quinta-feira, 11, o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão. Em breve cerimônia na Casa Branca, Biden enfatizou a importância da medida como forma de estímulo à recuperação econômica diante da covid-19. "Esta legislação histórica busca reconstruir a espinha dorsal deste país", disse.

Biden disse que, com o pacote, será possível dar à classe trabalhadora e à classe média "uma chance de lutar". E também comentou que terá mais a dizer sobre a covid-19 em discurso nesta noite, quando fala pela primeira vez no horário nobre americano. No discurso de hoje, que marca um ano desde o começo da quarentena nos EUA, Biden prometeu falar sobre "as próximas fases" dos EUA no combate à pandemia.

Primeira vitória legislativa do democrata, que assumiu o cargo em 20 de janeiro, a proposta de estímulos passou nesta quarta-feira, 10, na Câmara dos Deputados, após já ter tramitado pelo Senado e uma primeira vez pela Câmara. A cerimônia de assinatura de Biden na Casa Branca estava marcada para amanhã, mas foi adiantada para hoje. 

O texto final inclui 400 bilhões de dólares para um pagamento único de 1.400 dólares a americanos. Estão previstos ainda 300 dólares por semana em auxílio-desemprego (que será ampliado para as 9,5 milhões de pessoas que ficaram sem trabalho na crise). Outros 350 bilhões de dólares serão para ajuda a governos estaduais e locais que estejam com problemas orçamentários.

Os democratas acabaram concordando em retirar do texto o aumento do salário mínimo, uma promessa de campanha de Biden. A proposta era aumentar o mínimo dos atuais 7,25 dólares a hora (cerca de 1.160 dólares mensais em uma jornada de 40 horas semanais) para 15 dólares a hora (cerca de 2.400 por 40 horas/mês).

A nova rodada de estímulos, aprovada sem apoio bipartidário no Congresso dos Estados Unidos, é alvo de críticas de republicanos que alegam que o projeto é muito caro e pode frear a economia americana a longo prazo por conta do aumento do déficit da dívida pública.

A aprovação do pacote mostra a importância da maioria democrata na Câmara e da recém conquistada maioria no Senado, mas também deixa claro como as votações serão apertadas daqui em diante. O texto foi aprovado por 220 a 211 votos na Câmara, um voto a mais do que na primeira vez que a Casa votou o projeto e se apoiando na maioria democrata (que é de 221 a 211). No Senado, o texto havia passado por 50 a 49, sem nenhum republicano votando a favor.

Pagamentos já no fim de semana

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que os americanos elegíveis para receber os cheques previstos no pacote começarão a receber os primeiros depósitos do benefício já neste fim de semana.

Em resposta, Psaki questionou porque os gastos não eram tão preocupantes quando "cortes em impostos estavam sendo dados a setores mais ricos da população americana". A porta-voz da administração Biden disse que a Casa Branca ainda está aberta a trabalhar de forma bipartidária no futuro. 

(Com Estadão Conteúdo)

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