Estaremos ao lado da Ucrânia, e toda a Aliança estará ao lado da Ucrânia, declarou Biden (Denis Doyle/Getty Images)
AFP
Publicado em 30 de junho de 2022 às 13h29.
Última atualização em 30 de junho de 2022 às 13h43.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu nesta quinta-feira, 30, em Madri, que seu país e os aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) apoiarão a Ucrânia "o tempo que for preciso" para que não seja derrotada pela Rússia.
"Estaremos ao lado da Ucrânia, e toda a Aliança estará ao lado da Ucrânia, enquanto for necessário para garantir que ela não seja derrotada pela Rússia", disse Biden em entrevista coletiva ao final da cúpula da Otan na capital espanhola.
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Biden informou que nos "próximos dias" será anunciado um novo pacote de ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia, no valor de US$ 800 milhões.
"Pretendemos anunciar mais US$ 800 milhões" em sistemas de defesa aérea, artilharia e outras armas.
Washington já forneceu a Kiev mais de US$ 6 bilhões em ajuda militar desde o início da invasão russa da Ucrânia.
Além desse pacote de armas, o Departamento de Estado anunciou uma transferência de US$ 1,3 bilhão em assistência econômica para a Ucrânia, depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, interveio por videoconferência na cúpula da Otan e lembrou que a guerra custa ao país US$ 5 bilhões a cada mês.
"A Ucrânia já desferiu um duro golpe à Rússia", elogiou Biden, citando como exemplo a retirada do Exército russo da Ilha das Serpentes, uma posição estratégica no Mar Negro que havia sido conquistada por Moscou.
"Não sei como [o conflito] terminará, mas não terminará com uma derrota ucraniana nas mãos da Rússia", disse, confiante, o presidente dos EUA.
Finalmente, Biden pediu que o Congresso americano permita a venda de aeronaves militares F-16 para a Turquia.
"Deveríamos vender a eles os aviões F-16 e modernizar esses aviões também", disse Biden, esclarecendo que os Estados Unidos não condicionaram tal venda à Turquia para permitir que Ancara concordasse com a entrada da Finlândia e da Suécia na Otan.
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