Mundo

Biden alerta sobre perigo de isolamento dos EUA

"Se nos voltarmos para dentro, minaremos nossas relações mais importantes e buscaremos soluções simplistas para um mundo definido pela complexidade"


	Joe Biden: "Se nos esquecermos de quem somos e trairmos nossos valores, dando espaço para a intolerância, jogaremos fora nosso progresso"
 (Lucas Jackson / Reuters)

Joe Biden: "Se nos esquecermos de quem somos e trairmos nossos valores, dando espaço para a intolerância, jogaremos fora nosso progresso" (Lucas Jackson / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2016 às 13h49.

Washington - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertará nesta segunda-feira em discurso sobre o perigo de os Estados Unidos se isolarem da América Latina e de todo o mundo e de abandonarem seus valores, em uma referência clara ao virtual candidato presidencial do Partido Republicano, o magnata Donald Trump.

"Se nos voltarmos para dentro, minaremos nossas relações mais importantes e buscaremos soluções simplistas para um mundo definido pela complexidade", diz um dos trechos adiantados do discurso que o vice-presidente pronunciará hoje no Center for New American Security.

"Se nos esquecermos de quem somos e trairmos nossos valores, dando espaço para a intolerância, jogaremos fora nosso progresso", dirá o vice-presidente em outro trecho do discurso, que em nenhum momento cita o nome de Trump.

Também em alusão ao virtual candidato presidencial republicano, Biden insistirá que "erguer muros" e "faltar com respeito" com os países vizinhos mais próximos, fará com que todo o progresso desapareça e volte o "antiamericanismo e o distanciamento prejudicial" em todo o continente americano.

O vice-presidente incentivará no discurso que a próxima administração, que substituirá a de Barack Obama em janeiro de 2017, aproveite o progresso vivido no continente americano, em termos de crescimento da classe média, de promoção da democracia e de melhoria das condições de segurança em todo o continente.

Biden também pedirá relações mais próximas com o México, "capitalizar os laços renovados com a Argentina" e seguir trabalhando nas relações com "líderes regionais" como Brasil, Chile e Colômbia.

Nos trechos adiantados do discurso, o vice-presidente reconhece que há desafios como a "imigração ilegal, o tráfico de drogas e a fragilidade das instituições democráticas, mas que a região está definida hoje pelas oportunidades, não pelas crises".

Biden também falará sobre a importância de manter relações construtivas com a China e criticará a postura do presidente russo, Vladimir Putin, por abrir um "tempo de agressividade renovada da Rússia" que, se for consentida, "colocará em questão nosso compromisso com uma Europa integrada, livre e em paz".

O discurso de Biden está carregado de ataques velados a Trump, que quer erguer um muro ao longo da fronteira com o México, chamou os imigrantes mexicanos de estupradores, pediu para romper laços econômicos com a China e mostrou simpatia pela atitude de Putin.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCelebridadesDonald TrumpEmpresáriosEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Há chance real de guerra da Ucrânia acabar em 2025, diz líder da Conferência de Segurança de Munique

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana