Mundo

Biden revela o que disse ao presidente da China caso o país forneça armas à Rússia

Presidente dos EUA não prevê grande iniciativa por parte da China e afirmou que "responderia" ao apoio chinês

Joe Biden, presidente dos EUA (AFP/AFP Photo)

Joe Biden, presidente dos EUA (AFP/AFP Photo)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 25 de fevereiro de 2023 às 10h43.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2023 às 10h47.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que não acredita em uma "iniciativa importante" por parte da China para fornecer armas à Rússia em sua guerra contra a Ucrânia. 

Os comentários foram feitos alguns dias depois de o secretário de Estado, Antony Blinken, afirmar ao canal CBS que a China estava "considerando fornecer apoio letal" a Moscou, que iria "de munição até as próprias armas", o que Pequim negou.

Em uma longa entrevista ao canal ABC News, exibida na sexta-feira à noite, na qual falou sobre a possível candidatura à reeleição e a guerra na Ucrânia, Biden pareceu retratar os comentários Blinken.

"Não prevejo - não vimos isso até o momento -, mas não prevejo uma grande iniciativa por parte da China para fornecer armamento à Rússia", disse. 

Biden explicou que, durante uma conversa com o presidente chinês Xi Jinping no ano passado, ele deixou claro quais seriam as consequências de fornecer armas a Moscou.

"Sem qualquer pressão do governo, 600 corporações americanas deixaram a Rússia - do McDonald's até a Exxon", disse Biden a Xi, de acordo com seu relato na entrevista.

"E eu disse: 'Se você estiver envolvido no mesmo tipo de brutalidade, se apoiar a brutalidade que está acontecendo, você pode enfrentar as mesmas consequências'", acrescentou.

Ao ser questionado se um hipotético fornecimento de armas seria "ultrapassar uma linha", Biden afirmou que o governo dos "Estados Unidos "responderia". "Nós imporíamos sanções severas a qualquer um que fizesse isso".

Os aliados de Kiev tentam utilizar sanções e proibições comerciais para sufocar a capacidade de Moscou de adquirir mais armas ou produzi-las com material importado.

Na sexta-feira, dia que a invasão russa da Ucrânia completou um ano, o G7 (grupo das sete nações mais industrializadas do planeta) afirmou que qualquer país que ajudar a Rússia com "apoio material" para a guerra "enfrentará custos severos".

Acompanhe tudo sobre:ChinaEstados Unidos (EUA)Joe BidenRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'