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Biden acusa republicanos de minar a autoridade de Obama

Em uma carta, senadores republicanos advertiram os iranianos que o Congresso é o único que tem o poder de suspender definitivamente as sanções americanas

O vice-presidente americano Joe Biden: ele disse que a carta de senadores "está abaixo da dignidade de uma instituição que eu reverencio" (Johan Ordonez/AFP)

O vice-presidente americano Joe Biden: ele disse que a carta de senadores "está abaixo da dignidade de uma instituição que eu reverencio" (Johan Ordonez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 08h59.

Washington - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou senadores republicanos de "minar" a autoridade do presidente Barack Obama com a carta dirigida às autoridades iranianas em que advertem contra um acordo nuclear entre os dois países.

"A carta enviada em 9 de março por 47 senadores republicanos à República Islâmica do Irã, elaborada expressamente para rebaixar um presidente em função em meio a delicadas negociações internacionais, está abaixo da dignidade de uma instituição que eu reverencio", afirma Biden em um comunicado.

Em uma carta aberta destinada aos "dirigentes da República Islâmica do Irã", 47 dos 54 senadores republicanos advertiram os iranianos que o Congresso é o único que tem o poder de suspender definitivamente as sanções americanas, adotadas nos últimos anos sob forma de leis.

Implicitamente, os senadores destacam desta maneira a oposição a um eventual acordo político entre o grupo dos países 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha) e Irã, poucos dias antes do início de um novo ciclo de negociações sobre o programa nuclear iraniana.

"Esta carta, sob o pretexto de uma lição constitucional, ignora dois séculos de precedentes e ameaça minar a habilidade de qualquer futuro presidente americano, seja democrata ou republicano, de negociar com outras nações em nome dos Estados Unidos", completou Biden em seu comunicado.

"Esta carta envia uma mensagem muito enganosa para nossos amigos e rivais de que nosso comandante-em-chefe não pode cumprir os compromissos dos Estados Unidos - uma mensagem que é falsa e perigosa", destacou o vice-presidente.

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