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BID quer dobrar investimento para classes C, D e E

Meta é aportar US$ 100 milhões em empresas do continente até 2012

Pessoas na base da pirâmide econômico têm renda abaixo de US$ 3 mil anuais, segundo o BID (Miguel Alvarez/AFP)

Pessoas na base da pirâmide econômico têm renda abaixo de US$ 3 mil anuais, segundo o BID (Miguel Alvarez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 13h24.

São Paulo - O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou hoje que planeja dobrar seus investimentos em empresas da América Latina e Caribe que ofereçam serviços e produtos para melhorar as condições de vida da população das classes C, D e E, a chamada base da pirâmide econômica. Segundo a instituição, a meta é atingir US$ 100 milhões em investimentos até 2012 por meio de financiamentos e cooperação técnica.

De acordo com Guilherme Piereck, consultor do Programa Oportunidades para a Maioria, os investimentos serão destinados a empresas de vários setores, como construção, educação e tecnologia da informação, que ofereçam produtos inovadores e com benefícios para o dia a dia dessas classes.

As pessoas que se encontram na base da pirâmide econômica, segundo o BID, têm renda abaixo de US$ 3 mil por ano e vivem em relativa pobreza. Na América Latina, o mercado para a base da pirâmide é estimado em US$ 509 bilhões anuais e inclui 360 milhões de pessoas, que representam 70% da população na região. A maioria das pessoas na base da pirâmide tem acesso limitado a serviços básicos de saúde e financeiros, vivem em moradias informais e tem acesso restrito a eletricidade e saneamento básico. Segundo Piereck, os investimentos serão destinados a empresas com produtos que atendam essas carências.

Em dezembro passado, o Programa Oportunidades para a Maioria aprovou seu primeiro projeto do gênero no Brasil, com empréstimo de US$ 10 milhões para a empresa Tenda Atacado, que oferece um programa de crédito para microempresários de baixa renda no setor de serviços alimentícios no Estado de São Paulo.

Em nota, o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, afirmou que "os governos e a sociedade civil não conseguem suprir todas as necessidades sozinhos". "Há uma imensa oportunidade para o setor privado fornecer soluções baseadas no mercado", afirmou. Criado há três anos, o Programa Oportunidades para a Maioria já investiu US$ 160 milhões para desenvolver modelos de negócios voltados para a base da pirâmide na América Latina e Caribe.

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