Mundo

BID faz empréstimo de R$274,5 mi para São Paulo preservar Mata Atlântica

Contrato fechado nesta quarta-feira (8) prevê a conservação do Parque Estadual da Serra do Mar e de outras unidades de conservação na Mata Atlântica paulista

Criado em 1977, o Parque Estadual da Serra do abriga metade das espécies de aves da Mata Atlântica e 20% das espécies de aves do país. (Otávio Nogueira/Creative Commons)

Criado em 1977, o Parque Estadual da Serra do abriga metade das espécies de aves da Mata Atlântica e 20% das espécies de aves do país. (Otávio Nogueira/Creative Commons)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 09h12.

São Paulo - O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Governo do Estado de São Paulo assinaram nesta quarta (8) um contrato de empréstimo no valor de US$ 162,5 milhões (274,5 milhões de reais) para financiar a recuperação e o uso sustentável e socioambiental da Mata Atlântica, um dos sistemas mais ameaçados do planeta - o Brasil possui apenas 7,5% da Mata Atlântica original remanescente.

Este é o maior financiamento que o Banco já fez na América Latina para programas de conservação ambiental. O empréstimo para o Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar e Sistema de Mosaicos da Mata Atlântica apoiará um programa estadual para promover a conservação e restauração do Parque Estadual da Serra do Mar, da Estação Ecológica Jureia-Itatins e de unidades de conservação marinhas e costeiras e seu entorno.

Criado em 1977, o Parque Estadual da Serra do abriga metade das espécies de aves da Mata Atlântica e 20% das espécies de aves do país. Jureia-Itatins protege uma grande extensão de florestas que é vital para o fluxo de material genético entre ecossistemas dentro do estado e entre os trechos de Mata Atlântica vizinhos nos estados do Rio de Janeiro e Paraná.

Espera-se que a conservação da Mata Atlântica melhore a retenção de carbono e a regulação climática local e regional, além de proteger espécies de árvores fundamentais para a sobrevivência do bioma. O empréstimo do BID cobrirá 34,5% do custo do projeto e o Estado fornecerá os 65,5% restantes. Com duração de 25 anos, o contrato tem períodos de carência e desembolso de três anos e taxa de juros baseada na Libor. 

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMeio ambienteMetrópoles globaisPreservação ambientalsao-pauloSustentabilidade

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia