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BID: diminui pobreza na América Latina e no Caribe

Índice de pessoas abaixo da linha da pobreza foi de 44% em 2002 para 31,9% em 2010

Segundo o BID, a América Latina tem adotado políticas sociais adequadas (Christopher Furlong/Getty Images)

Segundo o BID, a América Latina tem adotado políticas sociais adequadas (Christopher Furlong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2010 às 10h30.

Brasília - O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) informou ontem (30) que, em 2010, a pobreza na América Latina e no Caribe caiu em comparação a 2009 e 2002. Em 2010, o percentual de pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza foi de 31,9%; em 2009, os dados mostraram 33,1% e, em 2002, o índice foi de 44%. Porém, de acordo com a entidade, ainda há 180 milhões de latino-americanos e caribenhos em situação de extrema pobreza.

De acordo com o BID, a maior parte dos países da região conseguiu recuperar-se depois da crise financeira mundial registrada ao longo de 2010. No final deste ano, o BID aprovou um número recorde de 170 projetos num total de US$ 12,9 milhões.

No relatório de fim de ano, o presidente do banco, Luis Moreno, ressaltou os esforços feitos pelas instituições latino-americanas fiscais e políticas. "A economia política da região mostra que houve um sinal diferente dos governos democráticos [da região da América Latina e do Caribe] que adotaram medidas muito pragmáticas e políticas macroeconômicas eficazes", disse Moreno.

No entanto, apesar dessas conquistas, segundo Moreno, a América Latina e o Caribe ainda enfrentam muitos desafios. Para o presidente do BID, as prioridades envolvem o desenvolvimento nas áreas de justiça social, de educação, de produtividade, de integração, de segurança alimentar e de adaptação às mudanças climáticas.

“Apesar da devastação causada pelos terremotos no Chile e no Haiti e outras catástrofes naturais na Guatemala, na Colômbia, no Equador, na Venezuela e no Brasil, a região com relativo sucesso evitou os efeitos da crise", diz o comunicado do BID.

De acordo com o banco, a previsão de crescimento para a América Latina e o Caribe é maior que a das economias desenvolvidas. Segundo o comunicado, as instituições financeiras, políticas monetárias e fiscais da região são “muito mais fortes” do que há duas décadas.

Moreno destacou que os recursos naturais na América Latina e no Caribe são “abundantes” e os governos da região têm adotado políticas sociais adequadas e feito “progressos significativos” por meio de “ferramentas eficientes”.

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