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Bersani descarta um Governo de coalizão com Berlusconi

O líder da centro-esquerda italiana respondeu ainda às declarações de Berlusconi, que pediu que todos assumam suas responsabilidades perante a delicada situação da Itália


	O líder do Partido Democrata da Itália (PD), Pier Luigi Bersani: "Ele não concebe a responsabilidade além dos seus interesses e dos interesses dos seus", afirmou sobre Berlusconi
 (REUTERS / Remo Casilli)

O líder do Partido Democrata da Itália (PD), Pier Luigi Bersani: "Ele não concebe a responsabilidade além dos seus interesses e dos interesses dos seus", afirmou sobre Berlusconi (REUTERS / Remo Casilli)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 07h03.

Roma - O líder da centro-esquerda italiana, Pier Luigi Bersani, descartou em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal "La Repubblica" a hipótese de um acordo de emergência com o partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Bersani respondeu ainda às declarações de Berlusconi, que pediu que todos assumam suas responsabilidades perante a delicada situação da Itália depois que o Senado saiu das eleições sem uma maioria clara. Segundo o líder da centro-esquerda, o ex-premiê teve muitas oportunidades nos últimos 20 anos e falhou em todas.

"Ele não concebe a responsabilidade além dos seus interesses e dos interesses dos seus. Portanto, quero deixar claro: a hipótese de um amplo acordo não existe nem existirá nunca", garantiu.

Bersani se dirigiu também a Beppe Grillo, líder do Movimento 5 Estrelas, que se consolidou como a terceira força no Senado, e o pressionou a decidir que posição adotará agora.

Nos últimos dias, Grillo, artífice da "antipolítica" na Itália e considerado o grande vencedor das eleições, anunciou que não apoiará a posse de um Governo liderado por Bersani nem por nenhum outro, e ontem desafiou Berlusconi e Bersani a apoiarem um Executivo liderado por seu movimento.


Na entrevista desta sexta-feira, Bersani explicou que se apresentará no Parlamento com uma proposta de "um Governo de mudança" composta de sete ou oito pontos, com a qual se dirigirá a todas as forças políticas para ver quem está preparado para assumir sua responsabilidade.

Ele ressaltou que a Itália deve ser governada e não pode ser deixada desordenadamente perante a Europa e os mercados, e explicou que entre os pontos principais do seu programa estarão aspectos como a Europa, as temáticas sociais e a democracia.

"A austeridade por si só nos leva ao desastre. Na Europa, todos devem entender que o saneamento da dívida e do déficit é um tema que deve ser postergado. Agora existe outro tema urgente: o trabalho", afirmou Bersani.

O também secretário do Partido Democrata (PD) assinalou também que seu programa incluirá propostas para a redução dos parlamentares na Itália e o endurecimento das normas anticorrupção, entre outros pontos.

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