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Bernie Sanders quer cancelar US$ 1,6 trilhão em dívidas estudantis

Medida beneficiaria 45 milhões de americanos e prevê que as dívidas estudantis sejam pagas por um novo imposto sobre operações em Wall Street

O pré-candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, Bernie Sanders (Scott Olson/Getty Images)

O pré-candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, Bernie Sanders (Scott Olson/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 24 de junho de 2019 às 11h43.

Última atualização em 24 de junho de 2019 às 12h00.

São Paulo – O pré-candidato do Partido Democrata, Bernie Sanders, anunciou sua mais nova e talvez mais forte cartada na tentativa de se consolidar como a preferência entre os eleitores: propõe cancelar 1,6 trilhão de dólares em dívidas estudantis, algo que poderia beneficiar cerca de 45 milhões de americanos.

“Se ajudamos a salvar Wall Street, com certeza vamos conseguir cancelar as dívidas”, escreveu o pré-candidato no Twitter. Segundo a rede de notícias CNN, a dívida será paga por um novo imposto sobre operações financeiras feitas em Wall Street. A proposta será apresentada nesta segunda-feira por Sanders e as representantes Ilhan Omar, de Minessota, e Pramila Jaypal, de Washington.

O anúncio acontece num momento em que a disputa pela segunda posição nas pesquisas de intenção de voto para as eleições americanas em 2020, liderada atualmente pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se tornou mais acirrada entre Sanders e outra pré-candidata democrata, Elizabeth Warren.

Dívidas estudantis nos Estados Unidos

Atualmente em 1,6 trilhão de dólares, o total de dívidas estudantis nos Estados Unidos é impressionante e é mais alta que dívidas de cartões de crédito ou compra de automóveis. Não à toa, o tema promete ser um dos mais debatidos durante a corrida presidencial americana. As eleições estão marcadas para acontecer em novembro de 2020.

Em média, uma pessoa se forma devendo em torno de 30 mil dólares e 28% dos devedores está inadimplente. Na década de 90, o valor médio das dívidas era de 10 mil dólares.

Warren também apresentou um plano similar, porém mais restrito, de cancelamento das dívidas estudantis. Sob a sua proposta, tal estaria atrelado à renda familiar do devedor e teria um teto de 50 mil dólares.

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