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Bernanke e Geithner entendem protestos contra Wall Street

"De uma maneira geral, as pessoas estão muito descontentes com o estado da economia e com o que ocorre", disse Bernanke

Protesto em Nova York: manifestação já se espalhou também para Boston, Chicago, Los Angeles e Washington (Spencer Platt/Getty Images)

Protesto em Nova York: manifestação já se espalhou também para Boston, Chicago, Los Angeles e Washington (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 23h11.

Washington  - O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, declararam nesta terça-feira que entendem os protestos de muitos americanos contra Wall Street.

"De uma maneira geral, as pessoas estão muito descontentes com o estado da economia e com o que ocorre", disse Bernanke sobre o protesto iniciado em meados de setembro nos arredores de Wall Street, em Nova York.

"Eles reprovam, e não sem razão, o setor financeiro pela situação que nos encontramos e estão descontentes com a resposta" das autoridades, destacou Bernanke durante uma audiência na Comissão de Economia do Congresso em Washington.

"Até certo ponto, não posso reprová-los. É fato que o desemprego está em 9% e o crescimento econômico segue muito fraco. A situação não é muito boa e protestam contra isto".

Em entrevista à CNN, Geithner criticou a recente decisão de vários grandes bancos de cobrar novas tarifas a seus clientes, justificando a medida pelo endurecimento da regulamentação adotado na lei de reforma de Wall Street promulgada em 2010.

"Os bancos acusam as reformas e o governo para justificar tudo, incluindo muitos problemas nos quais têm uma responsabilidade central, e a maior parte da população está irritada com isto. Eles querem mudanças".

"Não há nada de surpreendente ou de incrível na resistência dos bancos" às reformas, mas "vamos repelir" isto e "no final vamos prevalecer".

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