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Berlusconi seguirá internado por problemas oculares

O ex-líder alegou este problema nos olhos como justificativa para não comparecer às audiências do caso Ruby e do caso Mediase

Ex-premiê italiano Silvio Berlusconi enxuga o rosto durante coletiva de imprensa em Gerno, Itália (REUTERS/Alessandro Garofalo)

Ex-premiê italiano Silvio Berlusconi enxuga o rosto durante coletiva de imprensa em Gerno, Itália (REUTERS/Alessandro Garofalo)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2013 às 15h22.

Roma - O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, permanecerá internado no hospital San Raffaele de Milão pelo menos até amanhã, devido à inflamação que sofre nos olhos.

A decisão foi anunciada por Alberto Zangrillo, um dos médicos que atendem Berlusconi no San Raffaele, onde deu entrada na sexta-feira passada afligido por uma uveíte.

O ex-líder alegou este problema nos olhos como impedimento para não comparecer às audiências do caso Ruby e do caso Mediaset, dois dos processos que tem abertos em Milão, e que estavam fixadas para sexta-feira e sábado, respectivamente.

No caso da audiência de sexta-feira pelo caso Ruby, no qual está acusado de incitação à prostituição de menores e abuso de poder, os juízes aceitaram o impedimento e adiaram a audiência, em meio às queixas da promotoria, que denunciou que se tratava de uma estratégia para prolongar o julgamento.

Pelo contrário, os juízes do Tribunal de Apelação encarregados do caso Mediaset, no qual Berlusconi está acusado de fraude fiscal e já foi condenado em primeira instância, designaram dois especialistas que visitaram o político conservador no hospital e determinaram que sua inflamação ocular não justificava sua ausência.

Os médicos assinalaram que efetivamente Berlusconi sofre de problemas nos olhos, mas rejeitaram que estes fossem suficientemente graves para representar um legítimo impedimento. Por isso, os juízes decidiram prosseguir com a audiência, mesmo sem a presença de "Il cavaliere".

Berlusconi, por sua vez, emitiu um comunicado no qual assegura que "apesar de tudo segue confiando que a verdade será mais forte que qualquer preconceito e instrumentalização política, inclusive aquelas que provêm de quem deve pronunciar uma sentença em nome do povo italiano".

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