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Berlusconi reconhece grave derrota em eleições locais

A derrota terá repercussões em nível político devido ao fato de o chefe de governo ter transformado as eleições locais em um teste pessoal, após um ano de escândalos sexuais

A maioria dos analistas interpreta o fracasso de Berlusconi como o "começo do fim" de quase vinte anos de "berlusconismo" (Giorgio Cosulich/Getty Images)

A maioria dos analistas interpreta o fracasso de Berlusconi como o "começo do fim" de quase vinte anos de "berlusconismo" (Giorgio Cosulich/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2011 às 19h04.

Roma - O chefe de governo italiano, Silvio Berlusconi, reconheceu nesta segunda-feira a dura derrota sofrida por sua coalizão de direita nas eleições locais que foram realizadas domingo e segunda-feira na Itália, indicaram fontes da imprensa local.

"Perdemos, é evidente. Mas temos que manter a calma e seguir em frente. A coalizão deve permanecer unida", admitiu Berlusconi durante uma visita oficial à Romênia.

"Cada vez que sofro uma derrota tenho minhas forças triplicadas", comentou o primeiro-ministro.

Em Milão, seu bastião eleitoral há quase 20 anos, o candidato da esquerda, Giuliano Pisapia, obteve 55,10% dos votos contra 44,89% da prefeita em final de mandato Letizia Moratti, candidata do Povo das Liberdades, partido fundado pelo chefe de governo.

A coalizão de Berlusconi também foi castigada em Nápoles, Trieste, Novara e Cagliari.

A derrota terá repercussões em nível político devido ao fato de o chefe de governo ter transformado as eleições locais em um teste pessoal, após um ano de escândalos sexuais e processos judiciais por corrupção que afetaram negativamente a popularidade do político magnata.

Pier Luigi Bersani, líder do maior partido de oposição de esquerda, Partido Democrático, pediu a "demissão" do chefe de governo após a derrota eleitoral e a divisão da coalizão.

A maioria dos analistas interpreta o fracasso de Berlusconi como o "começo do fim" de quase vinte anos de "berlusconismo".

Em Nápoles, afetada por uma grave crise de coleta de lixo e governada há quase 20 anos pela centro-esquerda, o vencedor foi o ex-magistrado Luigi de Magistris, do Itália dos Valores, partido fundado pelo juiz anticorrupção Antonio Di Pietro, inimigo do primeiro-ministro.

A votação deu uma ampla vantagem a De Magistris, com 65,37% contra 34%.

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