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Berlusconi prefere prisão a fazer serviço comunitário

"Não me exilarei. Não aceitarei fazer serviço comunitário como um criminoso que deve ser reeducado", declarou o ex-primeiro-ministro


	Berlusconi disse estar muito abalado com a situação. "Não durmo há um mês."
 (Alberto Lingria)

Berlusconi disse estar muito abalado com a situação. "Não durmo há um mês." (Alberto Lingria)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2013 às 13h19.

São Paulo - Silvio Berlusconi afirmou neste domingo em uma entrevista a um jornal italiano que, caso sua condenação por fraude fiscal seja confirmada, prefere ir para a prisão do que fazer serviço comunitário ou se beneficiar de um regime especial da justiça italiana para as pessoas idosas.

"Não me exilarei. Não aceitarei fazer serviço comunitário como um criminoso que deve ser reeducado", declarou o ex-primeiro-ministro ao jornal Libero em referência ao seu encontro com a justiça na terça-feira, quando o Tribunal de Cassação examinará o recurso de sua condenação a quatro anos de prisão e cinco de proibição para exercer um cargo público pelo caso Mediaset.

O multimilionário também afirmou que se negará a se beneficiar da possibilidade concedida às pessoas idosas de cumprir sua pena sob prisão domiciliar.

"Tenho quase 78 anos e teria direito à prisão domiciliar, mas se me declararem culpado, se assumirem esta responsabilidade, quero ir para a prisão", declarou Berlusconi ao jornal de centro-direita.

Berlusconi disse estar muito abalado com a situação. "Não durmo há um mês. Acordo à noite e olho para o teto pensando no que fizeram comigo", disse.

O magnata dos meios de comunicação acusa regularmente os magistrados de esquerda de levarem adiante uma autêntica vingança contra ele.

No entanto, é muito otimista e afirma que não podem declará-lo culpado. "(No momento dos incidentes) era presidente do Conselho. Como poderia saber sobre os contratos de direitos de televisão?", se perguntou.

Mas o Il Cavaliere, que entrou para a política em 1994, foi três vezes chefe de governo e foi eleito senador em fevereiro, não menciona nesta entrevista o risco de uma proibição de exercer um cargo público, o que poderia colocar fim a sua carreira política.

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