Mundo

Berlusconi diz que complô da UE o forçou a deixar chefia

Ex-primeiro-ministro italiano repetiu que foi forçado a deixar o cargo no auge da crise da zona do euro, como resultado de um "complô" de autoridades


	Berlusconi: segundo ele, houve "uma clara violação das normas democráticas e um ataque à soberania do nosso país"
 (Alessandro Bianchi/Reuters)

Berlusconi: segundo ele, houve "uma clara violação das normas democráticas e um ataque à soberania do nosso país" (Alessandro Bianchi/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 09h13.

Roma - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi repetiu nesta quarta-feira as acusações de que foi forçado a deixar o cargo no auge da crise da zona do euro em 2011, como resultado de um "complô" de autoridades da União Europeia.

Os comentários de Berlusconi se seguiram à publicação na Itália de trechos de um novo livro do ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos Tim Geithner, o qual afirma que autoridades da UE se aproximaram do governo norte-americano com um projeto para forçar Berlusconi a renunciar.

"Eles queriam que nós nos recusássemos a apoiar empréstimos do FMI para a Itália enquanto ele se recusasse a sair", diz um trecho no livro de Geithner, "Stress Test: Reflections on Financial Crises", de acordo com o diário italiano La Stampa.

Geithner afirmou que os EUA rejeitaram o pedido, dizendo: "Nós não podemos ter o sangue dele nas nossas mãos".

Berlusconi, que atualmente cumpre pena de serviços comunitários por ter sido condenado no ano passado por evasão fiscal, disse que o livro mostra que houve "uma clara violação das normas democráticas e um ataque à soberania do nosso país".

"O complô é uma notícia extremamente séria que confirma o que venho dizendo há algum tempo", declarou ele à TV estatal RAI, em uma entrevista.

Acompanhe tudo sobre:EuropaItáliaPaíses ricosPersonalidadesPiigsPolíticosSilvio BerlusconiUnião Europeia

Mais de Mundo

Prefeita de Los Angeles demite chefe dos bombeiros por gestão de incêndios

Juiz adia julgamento de prefeito de Nova York por corrupção, mas rejeita arquivar o caso

Homem é gravemente ferido após ser atacado no memorial do Holocausto em Berlim

Procuradoria rejeita denúncia de Evo Morales sobre suposto 'atentado' na Bolívia