Em 2008, o Governo de Berlusconi assinou com a Líbia um Tratado de Amizade para colocar fim aos problemas causados pela colonização italiana e criar uma importante troca econômica bilateral (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2011 às 16h26.
Roma - O presidente do Governo italiano, Silvio Berlusconi, desmentiu neste sábado a informação publicada pelo jornal "Corriere della Sera" sobre que acredite que o coronel líbio Muammar Kadafi queira "vê-lo morto".
Em comunicado, o porta-voz do líder italiano classificou de "fantasiosas" e "reconstruções jornalísticas fora do lugar" algumas informações publicadas neste sábado na imprensa e em particular afirmou que sobre "as supostas revelações de Kadafi, o presidente Berlusconi nunca disse ou confessou a qualquer pessoa".
O "Corriere della Sera" respondeu com outra nota na qual afirmou que "compreendem as razões de desmentir a informação por parte do Governo", mas, acrescentaram, "o que está escrito no artigo de Francesco Verderami foi comunicado ao jornalista por importantes membros do Governo e do Povo da Liberdade", o partido de Berlusconi.
Conforme o artigo da primeira página, Berlusconi confiou aos seus colaboradores e próximos que sua vida e a de seus filhos estão em perigo, pois Kadafi não perdoa a participação da Itália na intervenção militar na Líbia e deu ordens para assassiná-lo.
Sem citar fontes em seu artigo, o jornal detalha que Berlusconi acredita que Kadafi considerou a participação na intervenção militar como uma "traição", já que até poucos meses atrás pelas ruas de Trípoli havia cartazes gigantescos nos quais era possível ver os dois líderes lado a lado.
A publicação precisa que os serviços secretos italianos sempre informaram sobre o risco de atentados contra os chefes de Estado e de Governo que participam do conflito na Líbia, mas nestes dias Berlusconi recebeu confirmação de "suas próprias fontes" que sua vida corre risco.
Em 2008, o Governo de Berlusconi assinou com a Líbia um Tratado de Amizade para colocar fim aos problemas causados pela colonização italiana e criar uma importante troca econômica bilateral. EF