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Berlusconi afirma que não tem intenção de deixar Itália

Berlusconi afirma ser "italiano 100%" e que nesse país chegou a ser tudo o que é: empresário, homem do esporte e líder político


	Silvio Berlusconi: político foi condenado pela Corte Suprema italiana em 1 de agosto por fraude fiscal no caso Mediaset a 4 anos de prisão
 (AFP)

Silvio Berlusconi: político foi condenado pela Corte Suprema italiana em 1 de agosto por fraude fiscal no caso Mediaset a 4 anos de prisão (AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 11h08.

Rom - O ex-presidente do Governo italiano Silvio Berlusconi disse que seus filhos "se sentem como as famílias de judeus com Hitler", ao responder se teve vontade de deixar Itália alguma vez.

Berlusconi fez estas declarações ao jornalista italiano Bruno Vespa, que as incluiu no livro que será publicado em breve e do qual estão antecipando algumas passagens.

"Meus filhos dizem que se sentem como as famílias judias se sentiam na Alemanha durante o regime de Adolf Hitler. Temos todos em cima de nós", respondeu Berlusconi.

Vespa tinha perguntado se tanto ele como seus herdeiros tiveram vontade de vender tudo e deixar a Itália.

Berlusconi acrescentou que não tem intenção de deixar Itália, que é "italiano 100%" e que nesse país chegou a ser tudo o que é: empresário, homem do esporte e líder político.

No livro, Berlusconi também comenta a sentença do Tribunal Supremo que o condenou a 4 anos de prisão pela fraude fiscal no caso Mediaset.

"Meu primeiro sentimento foi de descrença. Parecia impossível que estivesse passando por tudo isto", acrescentou Berlusconi.

A publicação do livro acontecerá nos próximos dias, coincidindo com a votação de 27 de novembro no Senado sobre a expulsão de Berlusconi e sua inabilitação durante seis anos, como prevê a chamada "lei Severino".

Berlusconi foi condenado pela Corte Suprema italiana em 1 de agosto por fraude fiscal no caso Mediaset a 4 anos de prisão (que se foram reduzidos a 1 com base em uma lei de indultos de 2006).

Ao ex-líder político também foi imposta uma pena de inabilitação que uma Corte de Milão reduziu de 5 a 2 anos no último dia 19 e que pode ser recorrida.

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