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Berlusconi abre possibilidade de voltar a se candidatar

Ex-premiê criticou a grave situação econômica de seu país e deu a entender que poderá se candidatar a presidente do governo

O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi (Max Rossi/Reuters)

O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi (Max Rossi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 05h56.

Roma - O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi criticou a grave situação econômica de seu país e deu a entender que poderá se candidatar a presidente do governo nas eleições de março ou abril do ano que vem.

Após ter dito em outubro passado que seguiria se dedicando à política, mas que não voltaria a se apresentar como candidato nas eleições, Berlusconi confirmou em nota emitida ontem à noite que 'tomará uma decisão nos próximos dias'.

'Estou acossado por tantos pedidos que pedem que anuncie que me apresentarei nas eleições. A situação atual é muito mais grave do que há um ano quando deixei o governo. Não posso consentir', disse a nota divulgada após uma reunião com a Executiva de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL).

Berlusconi renunciou em novembro do ano passado devido à crise econômica que atravessava o país, mas agora, segundo sua opinião, 'a economia da Itália está exausta. Um milhão de desempregados a mais. A dívida que aumenta, o poder aquisitivo que cai, a pressão fiscal em níveis insuportáveis. As famílias italianas angustiadas porque não podem pagar o IMU (imposto sobre a primeira casa). As empresas que fecham e o mercado automobilístico destroçado'.

'Não posso consentir que meu país caia em uma espiral de recessão sem fim. Não é possível seguir adiante desta maneira. São estas as dolorosas constatações que determinarão nossa decisão nos próximos dias', acrescentou Berlusconi.

A hipótese de um retorno de Berlusconi está há vários dias sendo ventilada na Itália, já que o ambiente da centro-direita para escolher um líder é bastante confuso. Líderes partidários anunciaram que em 16 de dezembro serão realizadas primárias, mas os analistas acreditam que elas nunca ocorrerão.

As últimas pesquisas apontam o Partida Democrata (PD) como ganhador com cerca de 34% dos votos, enquanto o PDL ficaria com 15%.

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